O trabalho freelancer, que era uma opção de renda no meio da pandemia, se consolida como nova forma de trabalho e de vida. O Workana*, por exemplo, registrou um aumento de mais de 290 mil novos profissionais, já o GetNinjas*, cerca de 400 mil – só no Brasil. De acordo com o Linkedin*, o setor de marketing digital e social media cresceu 74%.
Os motivos variam desde pessoas que querem ter liberdade para viajar pelo mundo (como nômades digitais), até mesmo passar mais tempo com a família ou ter mais qualidade de vida, até quem perdeu o trabalho durante a pandemia e quem decidiu fazer uma transição de carreira.
“Uma coisa é certa, o mercado está crescendo rápido demais e carece de profissionalização. Na internet é fácil encontrar conteúdos educativos sobre marketing digital e branding – inclusive de graça -, os famosos “gurus”, mas é difícil encontrar bons conteúdos profissionalizantes para quem quer oferecer serviços de marketing no digital e redes sociais e precisa entender, por exemplo, que preços cobrar, quando contratar pessoas para ajudar, quando delegar, etc”, comenta Renan Caixeiro, co-fundador e CMO do Reportei.
O Reportei, ferramenta que gera relatórios de marketing digital em apenas 3 segundos, possui em seu site uma calculadora online e gratuita que ajuda na precificação de serviços de acordo com as quantidades de redes sociais que serão oferecidas, as horas trabalhadas, ferramentas usadas e experiência de mercado. “A demanda é grande e diária. Hoje já somamos mais de 200 mil consultas realizadas”.
Mas afinal, quanto cobrar pelo serviço de marketing digital?
De olho na grande demanda e necessidade do mercado, o Reportei lança o Reportei Academy, uma plataforma de cursos focada em ensinar habilidades úteis para a realização do trabalho no dia a dia e o crescimento do profissional.
O primeiro curso oferecido é o Precifiquei. Com 2 horas de vídeos explicativos e exercícios práticos, o aluno se forma com conhecimentos e habilidades que o ajudam no dia a dia e não no futuro. “As pessoas fazem muitas coisas ao mesmo tempo e quando criamos o curso, pensamos em diferentes contextos. Por isso, planejamentos esse conteúdo para ser concluído em pouco tempo de estudo, de qualquer plataforma, para aprender a fazer de verdade, sem fórmula ou hacks”.
“Eu entendo essas dúvidas porque eu mesmo passei por isso. Meu primeiro orçamento de gestão de rede social como freelancer foi R$500. Em um momento decidi me profissionalizar e contratar pessoas e ferramentas. Nesse momento meu lucro acabou porque continuei vendendo com o preço de antes e não sabia que tinha que mudar o cálculo. Tinha mais trabalho, mais gastos, só que ganhava a mesma coisa. Nesse momento dá vontade de desistir, mas com o conhecimento certo é sim possível crescer”, lembra Caixeiro.
Por isso, a ideia do curso não é dizer que dado colocar na ferramenta de calcular, mas sim ensinar a entender o fundamento do trabalho já realizado, o mercado, a localização e conceitos importantes para evitar a depreciação do todo.
“No curso mostramos as informações de uma eugência (termo usado para quem quer abrir uma agência de comunicação, mas começa sozinho) e um freelancer que vão evoluindo durante o curso e realizando uma transição sustentável de negócio. Esses cenários vão além de ajudar a construir um preço (como faz a nossa calculadora de freela), nós orientamos a construir um valor baseado nas metas e informações pessoais”, explica Rodrigo, cofundador e CTO do Reportei.
Para Caixeiro, encontrar seu diferencial é essencial para se manter ativo no decorrer dos tempos. “As pessoas possuem dúvidas importantes de como e porque se posicionar como premium ou quando dar desconto para aumentar carteira. Com uma pitada de diferenciação ensinamos o aluno a educar seu cliente (ou possível cliente) a entender a diferença entre um trabalho de R$1.000 e um de R$100 e até mesmo daquele feito pelo “sobrinho”.
*Imagens: Pixabay