Especialista alerta para 6 perigos na realidade do Metaverso

6 perigos na realidade do Metaverso
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Me. Álvaro Augusto Pereira, professor dos cursos de Análise e Desenvolvimento de Sistemas e Ciência da Computação do Ceunsp, dá dicas de pontos de atenção com essa tecnologia

Cada vez mais presente no cotidiano da sociedade, a realidade do metaverso também já vem sendo colocada em prática em alguns setores e empresas. 

Mas assim como demais tecnologias da atualidade, e principalmente por ser uma inovação que ainda está sendo testada e aprimorada, existe alguns pontos de atenção que os usuários devem ter com o Metaverso. 

Pensando neste cenário, Me. Álvaro Augusto Pereira, professor dos cursos de Análise e Desenvolvimento de Sistemas e Ciência da Computação do Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio (Ceunsp), elencou seis riscos do Metaverso que as pessoas devem se atentar. Confira! 

1. Violação de privacidade: a ideia de um metaverso nos moldes propostos pela Meta depende de um conjunto de acessórios e hardwares especializados para estabelecer ligações entre o usuário e o mundo virtual. Assim como acontece com celulares, esses novos aparelhos podem conter uma série de sensores capazes de reunir dados dos usuários, abrindo espaço para que a rede social guarde informações pessoais dos internautas. 

Além da coleta de informações, também existe uma preocupação com eventuais vazamentos e possíveis interceptações desses dados por terceiros. Outra questão que tem gerado discussão é até que ponto o usuário pode confiar na capacidade da Meta de reunir esses dados e usá-los de forma responsável, dado o histórico de escândalos de privacidade da empresa. É importante ter em mente cuidados como não postar informações de forma pública e tentar ao máximo deixar seus dados privados e dessa forma conseguir ter uma experiência privada e segura com a tecnologia. 

2. Impacto na autoestima: o metaverso pode se tornar um espaço de projeções pouco saudável. Isso porque um dos apelos do conceito é justamente ser um ambiente de coexistência virtual em que o usuário pode criar seu próprio avatar 3D, seja representando a si mesmo ou criando um personagem fictício. Portanto, essa tecnologia pode abrir espaço para que pessoas com problemas de autoestima usem o ambiente virtual para expor uma versão idealizada e “perfeita” de si mesma, e isso impactaria a percepção que esses indivíduos têm de si no mundo real e poderia intensificar distorções já existentes — uma vez que, fora do metaverso, não é possível eliminar características físicas em uma tela de personalização. 

3. Assédio: Experiências de realidade virtual conectadas com o que o metaverso promete para o futuro ainda são limitadas, mas relatos de episódios envolvendo assédio sexual e agressão já estão se tornando comuns. Assim como em outros espaços conectados, a exemplo dos canais de comunicação de games online, essas experiências têm encorajado comportamentos agressivos de pessoas que se sentem protegidas pelo anonimato e pelo distanciamento oferecido pelo ambiente virtual. 

4. Circulação de desinformação e teorias da conspiração: problemas que afetam redes sociais convencionais, como a disseminação de notícias falsas e a popularização de teorias da conspiração, também podem aparecer no metaverso. E já existem exemplos disso em plataformas conectadas de realidade virtual. Entre eles estão a realização de discursos racistas quando surge um avatar representando um grupo minoritário. 

5. Golpes envolvendo criptomoedas: Se não for regulado apropriadamente, o metaverso pode funcionar como uma “terra de ninguém” a ser explorada por criminosos. Especialistas em segurança identificaram golpes e ataques que podem ser praticados nos ambientes virtuais para roubar quantias de dinheiro, criptomoedas e dados pessoais dos usuários. 

Um dos golpes identificados nesses ambientes explora contratos smart, forma eletrônica que usa tecnologias como blockchain para garantir que o contratante receba um item depois que determinada condição – como um pagamento – tenha sido atendida.  

Outros golpes comuns são de engenharia social, que têm o objetivo de induzir as vítimas a cederem informações pessoais. Nessa modalidade, marcas famosas também são usadas como isca para convencer usuários a gastar dinheiro de verdade com produtos e serviços inexistentes. 

6. Riscos para as crianças: a interação entre crianças e demais usuários em um ambiente de metaverso pode gerar possíveis experiências de encontro com abusadores infantis ou acesso a conteúdo impróprios, assim como na internet de modo geral. A diferença é que o ecossistema virtual proporcionado pelo metaverso pode implicar em uma interação bem próxima da realidade. 

 

*Imagem: Pexels


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