No futuro, quando nossos filhos e netos estudarem as primeiras décadas do Século XXI, certamente eles verão que este terá sido um período de intensa revolução
Do ponto de vista da tecnologia, por exemplo, vivemos o surgimento de uma série de inovações que inegavelmente modificaram – e seguem modificando – o modo como vivemos, produzimos e consumimos as coisas em nosso planeta. Neste contexto, porém, é preciso destacar que nenhum outro conceito, até aqui, tem sido tão importante para esta transformação do que a Computação em Nuvem, com seu modelo único de distribuição de serviços e informação.
Hoje, de alguma maneira, estamos todos sendo impactados pelas aplicações em Cloud. Dos aplicativos nos smartphones até as máquinas da indústria globalizada, ligadas e comandadas por meio de soluções de Inteligência Artificial e Internet das Coisas, tudo passa por um céu cheio de Nuvens. O que não quer dizer, entretanto, que todas as empresas e mercados já estejam realmente conseguindo aproveitar as possibilidades abertas pela Computação em Nuvem em seu máximo.
Por exemplo: segundo dados de uma recente pesquisa da IDC, cerca de um terço dos líderes executivos e operacionais ainda não entendem ao certo qual o impacto da Cloud Computing na segurança de seus negócios. A análise indica, também, que quase 40% das companhias seguem apostando em estruturas majoritariamente locais, com servidores e data centers próprios. Sendo assim, não há nada melhor do que nos perguntarmos: como podemos expandir esse mercado e usar o real potencial das aplicações em Nuvem nas empresas?
O primeiro e mais importante passo para decifrarmos essa questão é entender que cada caso exige avaliações e desenhos únicos. O que serve para uma empresa não é, necessariamente, a resposta para a outra. Este é o grande atraente da Nuvem: ainda que seja inegável dizer que não há respostas prontas para ninguém, também é verdadeiro afirmar que a Computação em Nuvem é um campo repleto de possibilidades, com infindáveis formas de aplicar as tecnologias para maximizar as operações, de acordo com as demandas reais de cada negócio.
A dica aqui é avaliar bem a implementação. É preciso, entre outras coisas, entender quais informações e processos são mais críticos, qual é o tipo de disponibilidade exigido e até mesmo quais regras e legislações regulam os dados utilizados pela empresa. Com isso em mãos, será mais fácil encontrar maneiras mais seguras e eficientes de aproveitar o potencial da Cloud.
Planejar e acompanhar as ações é importante, pois nunca é demais lembrar que a tecnologia em si não fará nada sozinha: o sucesso de uma estratégia de inovação passa, definitivamente, por entender as necessidades da própria empresa, os pontos críticos que precisam ser priorizados durante um projeto de migração e da observação de quais tecnologias e recursos são verdadeiramente adequados à exigência do projeto.
Outro ponto importante é compreender que a Nuvem e a estrutura local não são excludentes entre si. Não por acaso, companhias de todos os tipos estão migrando suas infraestruturas de TI para ambientes híbridos, combinando data centers e serviços locais com aplicações baseadas em Cloud. A pesquisa da IDC mostrou que mais de 40% das empresas pretendem ampliar a mescla de soluções de infraestrutura locais e em Nuvem, buscando mais flexibilidade e resiliência para seus negócios.
A principal razão para isso é a agilidade que a Nuvem oferece. Por exemplo: mais de 85% dos CIOs entrevistados pela IDC afirmaram que investir em soluções e serviços baseados em Cloud é uma prioridade no cenário atual, uma vez que a Nuvem ajuda a acelerar a implementação de novos recursos, que podem ser rapidamente provisionados, escalados e colocados para funcionar.
A Nuvem é, portanto, uma interessante maneira de quebrar velhos ciclos de inovação, acelerando e agilizando a tomada de decisão com mais colaboração, análise de dados e inteligência – trazidas por avanços de Data & Analytics, Inteligência Artificial, Big Data e Machine Learning que, hoje, só estão ganhando espaço graças às portas abertas pela Computação em Nuvem. Ou seja, os ganhos trazidos por esse conceito vão muito além de ser, apenas, um espaço virtual para armazenar documentos e disponibilizar aplicações.
Diante da dinâmica acelerada em que vivemos, a Cloud Computing tem se mostrado fundamental para alcançarmos, na prática, a agilidade dos processos go-to-market de novos produtos e ideias. Não por acaso, estima-se que, em alguns casos, a adoção de ferramentas baseadas em ambientes Cloud permitem reduções superiores a 80% no tempo necessário para a implementação de um novo projeto.
Por isso, é cada vez mais importante estabelecer formas de simplificar o dia a dia e maximizar a atenção sobre os serviços de TI. Contar com parceiros especializados em cada etapa dessa transformação digital agrega visões e conhecimento prático para facilitar as decisões mais complexas e atender os desafios do dia a dia do negócio, sugerindo opções com maior aderência às reais necessidades.
Seja qual for o caminho a ser adotado, é preciso que as organizações consigam planejar e analisar bem as características de cada modelo, preferencialmente contando com o apoio de quem está diuturnamente aplicado a este mercado. Diante de constantes mudanças, a assertividade das equipes está em juntar as tendências e necessidades para desenhar a melhor estratégia de migração de dados ou de equilíbrio entre o que precisa continuar dentro de casa, nos data centers e servidores locais, e o que pode ser disposto em uma ferramenta na Nuvem. Resta saber quem está pronto para seguir essa jornada, inovando de maneira segura, sustentável e eficiente.
Por Fabiano Ribeiro, Business Development Manager de Serviços e Cloud da IT-One