Estudo da Nokia mostra que ataques cibernéticos estão mais rápidos, poderosos e colocam redes críticas em risco
Ataques cibernéticos crescem em velocidade e sofisticação, ameaçando redes críticas de telecom, revela estudo da Nokia
Ataques cibernéticos crescem em velocidade e sofisticação, ameaçando redes críticas de telecom, revela estudo da Nokia
Ciberataques estão invadindo de forma cada vez mais silenciosa as infraestruturas centrais de telecomunicações, enquanto ataques DDoS atingem níveis sem precedentes, impulsionados por conexões residenciais comprometidas. Além disso, a chamada “agilidade criptográfica” está deixando de ser apenas um plano para se tornar uma exigência concreta. É o que revela o 11º Relatório Anual de Inteligência de Ameaças da Nokia (Threat Intelligence Report).
Campanhas furtivas agora têm como alvo o núcleo das redes de Telecom
Os invasores vêm intensificando seus ataques às redes de telecomunicações, alcançando em alguns casos sistemas sensíveis como bancos de dados de assinantes e plataformas de interceptação legal – como demonstrado no caso de grande repercussão conhecido como Salt Typhoon. Esses agentes costumam se camuflar explorando ferramentas legítimas, dispositivos sem atualização e falhas de configuração.
Ataques DDoS estão mais curtos, e muito mais poderosos
Os ataques DDoS em escala de terabit tornaram-se parte da rotina diária, uma alta expressiva em relação à média de um ataque a cada cinco dias em 2024. A expansão da banda larga residencial em gigabits tem ampliado ainda mais os riscos.
IA assume papel central na defesa; redes preparadas para o futuro quântico são o próximo passo
Mais de 70% dos líderes de segurança em telecomunicações agora priorizam soluções baseadas em IA e ML para análise de ameaças, e mais da metade pretende implementar detecção por IA em até 18 meses – uma resposta direta à sofisticação dos ataques furtivos e à velocidade dos ataques DDoS. Paralelamente, cresce a necessidade de automação na gestão de certificados digitais e da criptografia preparada para o futuro da computação quântica.
Riscos internos, erros humanos e falhas de configuração seguem entre as principais vulnerabilidades
Quase 60% das violações de alto custo têm origem em ações ou erros de colaboradores, enquanto cadeias de suprimentos complexas ampliam o risco de uso indevido de credenciais, escalonamento de privilégios e brechas de acesso físico.
Além disso, 76% das vulnerabilidades estão relacionadas à falta de atualizações de segurança. Problemas em nível de aplicação – como controles de acesso frágeis e falhas exploráveis em softwares – continuam comuns à medida que os serviços digitais se expandem.
“A conectividade sustenta tudo – da segurança pública às transações financeiras e identidades digitais. Recentes ataques alcançaram sistemas de interceptação legal, vazaram dados de assinantes e interromperam serviços de emergência. O setor precisa reagir com inteligência compartilhada, detecção e resposta baseadas em IA e agilidade criptográfica, transformando redes interconectadas de uma vulnerabilidade em uma fonte de resiliência.”, disse Kal De, Vice-presidente Sênior de Produto e Engenharia, Cloud and Network Services da Nokia
“Diante do aumento de ferramentas de ataque industrializadas, milhões de dispositivos IoT inseguros e botnets organizadas que exploram proxies residenciais, os operadores precisam agir agora para proteger seus ativos e clientes de ataques DDoS massivos e complexos, que já ultrapassam a faixa dos 10 terabits. Segurança não pode ser um pensamento posterior – a proteção contra DDoS deve estar incorporada à própria rede, garantindo a continuidade das funções críticas.”, disse Jeff Smith, Vice-presidente e Gerente Geral da Nokia Deepfield
Sobre o relatório
O Relatório de Inteligência de Ameaças da Nokia reúne dados operacionais das soluções NetGuard e Deepfield, informações reais das operações de Serviços de Segurança Gerenciada (Managed Security Services), pesquisas avançadas dos Bell Labs da Nokia e a expertise da empresa em consultoria de cibersegurança e redes “quantum-safe”.
O estudo é complementado por análises quantitativas e qualitativas de 160 líderes globais de segurança em telecomunicações, oferecendo uma visão aprofundada e baseada em evidências sobre os riscos e as estratégias que moldam o setor. O relatório inclui um conjunto abrangente de recomendações que abrangem detecção e resposta a ameaças, adoção de IA, mitigação de DDoS, conformidade regulatória, preparação para o futuro quântico e mais, para ajudar os operadores de telecomunicações a fortalecer a resiliência em suas redes.
Fonte: Nokia