Infraestrutura impulsiona compras de TI do Governo

Infraestrutura em TI
Imagem: ra2studio / Getty Images / Canva

Integradora de tecnologia, Add Value, faturou cerca de R$ 70 milhões em vendas em 2022 para Governos e órgãos públicos

Os gastos mundiais com Tecnologia da Informação (TI) estão projetados para totalizar US$ 4,6 trilhões em 2023, um aumento de 5,5% em relação a 2022, de acordo com a última previsão do Gartner. Além disso, a consultoria estima que os gastos governamentais com TI em todo o mundo deverão chegar a US$ 589,8 bilhões em 2023, o que representa um aumento de 7,6% em relação a 2022.

Exemplo disso é a Add Value, integradora especializada em tecnologias de nuvem, hiperconvergência, networking, segurança e virtualização, que neste primeiro trimestre de 2023 faturou cerca de R$ 70 milhões em vendas para Governo, recorde para a marca que está no mercado há mais de 20 vinte anos no mercado. O foco do setor no Brasil, neste primeiro momento, são soluções de hiperconvergência, virtualização e cibersegurança.

“Existe uma clara demanda reprimida por parte do Governo. A TI pública passa por um período de revitalização de suas infraestruturas, muito com foco em prestar serviços de forma mais digital e atendendo anseios não somente da população, mas na melhoria das condições de trabalho do próprio servidor. Sabemos que, pela burocracia do processo, algumas das tecnologias adquiridas podem demorar um pouco para serem implementadas, sendo assim, auxiliamos os departamentos de tecnologia durante esta jornada”, avalia Thiago Spósito, sócio da Add Value.

O Brasil foi reconhecido pelo Banco Mundial como o segundo país do mundo com a mais alta maturidade em governo digital. A avaliação é resultado do GovTech Maturity Index 2022, índice divulgado no fim de 2023, que considera o estado atual da transformação digital do serviço público em 198 economias globais. O país teve o maior avanço entre as nações avaliadas, subindo cinco posições no ranking divulgado em 2021, passando do sétimo para o segundo lugar e tornando-se líder em governo digital no Ocidente.

“O desafio governamental é modernizar a infraestrutura legada de TI. Essa é a porta de entrada para investimentos em iniciativas que melhoram o acesso a serviços digitais, uma vez que os cidadãos seguem exigindo experiências semelhantes às interações online que fazem no setor privado. Estes deverão ser os principais impulsionadores dos gastos com TI em 2023”, afirma Spósito.

Investimentos em Infraestrutura de TI

O Governo de Michel Temer (2016 – 2018) já havia sinalizado um caminho ao cloud computing com algumas compras, seguidas por outras aquisições no mandato Jair Bolsonaro (2019 – 2022). Já no orçamento de 2023 está prevista uma contratação estimada em R$ 530 milhões que envolve a nova versão da nuvem pública da Secretária do Governo Digital.

Uma versão revisada da Estratégia Brasileira para a Transformação Digital (E-Digital) foi publicada pelo governo federal com a proposta de ações estratégicas na área até o ano de 2026. Elaborada por um comitê interministerial (o CITDigital), a estratégia foi concluída em meio à transição de governo das gestões de Jair Bolsonaro e Lula (2022/2023).  Nela, está a criação de uma Política Nacional de Interoperabilidade em diversos níveis, com a utilização de mecanismos de contratação pelo setor público para atrair data centers para o país. 


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