Com a pandemia do COVID-19, empresas de todo o mundo estão adotando modelos remotos de trabalho, incentivando como jamais vimos a cultura de home office. No entanto, embora essa seja uma ação prática para salvar vidas, é importante que as organizações se coloquem em alerta para fazer com que este processo aconteça de maneira segura, também do ponto de vista dos negócios.
O fato é que muitas empresas estão tendo suas primeiras experiências com essa modalidade de trabalho apenas agora. Esse é um desafio único, de dimensões bastante diferentes e peculiares. Não por acaso, as pesquisas indicam a falta de computadores para home office – inclusive para alugar – e que a maioria das companhias brasileiras não possui sistemas práticos para a criação de políticas de segurança digital, para aplicação remota.
Para responder essa demanda, algumas medidas são vitais e devem ser colocadas como prioridade na gestão de crise. Uma delas é a utilização dos sistemas de VPN (Virtual Private Network, em inglês), que se tornaram elementos fundamentais para as operações das empresas nestes novos tempos. De acordo com estudos de mercado, em 2019 o uso de aplicações e sistemas VPNs aumentou mais de 70% no Brasil – e isso tende a crescer ainda mais agora, diante da pandemia do Coronavírus e suas consequências.
O fato é que a utilização das VPNs é um passo essencial para simplificar a nova jornada das empresas na era digital e globalizada, impactando diretamente em pontos como segurança e disponibilidade segura de informações. Por isso, saiba que, se sua empresa está iniciando um plano de trabalho remoto, a adoção de uma solução de rede privada é uma das coisas mais importantes a se fazer.
Por outro lado, além da adoção, é preciso que as equipes de TI também trabalhem para entender como garantir a funcionalidade e efetividade desses sistemas nas organizações. Elas precisam se preparar para garantir a máxima utilização dos recursos e ferramentas oferecidas por essas plataformas. Isso porque o avanço do trabalho em casa e da pandemia terá reflexos – entre eles, o fato de que os riscos associados a ameaças digitais tendem a aumentar.
Nesse cenário, é extremamente aconselhável que as companhias escolham serviços atualizados e de última geração, garantindo que a operação terá, de fato, recursos alinhados e adequados a este momento.
As equipes de TI necessitam do apoio de sistemas inteligentes, preparados para capturar e avaliar todos os pontos de performance e disponibilidade da rede entregue aos colaboradores. Vale destacar que a VPN é, hoje, a forma mais segura de acessar as redes e os recursos de dados das empresas, sendo fundamental para evitar interrupções e falhas como vazamentos de informação.
Um dos benefícios do uso da VPN, por exemplo, é combater os riscos de phishing, com roubos de dados gerados a partir de mensagens e conteúdos falsos. O surto do Coronavírus pode causar um salto no volume de tentativas de fraudes, com e-mails e mensagens relacionadas ao tema – e que precisam ser evitadas pelas companhias.
A prevenção contra essas ameaças passa, evidentemente, por dois polos bem distintos: a conscientização dos colaboradores e a qualidade da infraestrutura técnica oferecida para suportar os acessos à rede. Do ponto de vista das pessoas, é imprescindível oferecer qualificação e treinamentos de orientação sobre como evitar ataques. Em relação à parte tecnológica, o indicado é adotar soluções mais seguras e estáveis, com suporte efetivo para qualquer situação.
Isso inclui estabelecer políticas com regras de segurança bem definidas. A definição de um plano com ações claras é importante para a adoção de outras tecnologias bastante importantes nesse cenário, como o Armazenamento de Dados em Nuvem, por exemplo. Ao contar com uma VPN moderna e configurações específicas para cada tipo de perfil de acesso, as companhias conseguem limitar o que os colaboradores podem acessar ou não, assim como em quais horários e dispositivos esse acesso será permitido.
É importante ressaltar, ainda, que o uso das VPNs é um aliado para a criação de uma rede multidispositivos, incluindo smartphones, notebooks, desktops e muito mais. Eles representam um filtro indispensável para organizar o ambiente de rede e direcionar o fluxo de informações.
A implementação de home office nas empresas pode e deve deixar lições valiosas para o futuro. Entre elas, sem dúvida, está o uso da tecnologia para um trabalho mais colaborativo, inteligente e produtivo, sem perder de vista a qualidade e segurança do serviço entregue. É hora de aprender com o momento e aplicar as lições mais importantes para evoluirmos rapidamente. As empresas podem e devem continuar na ativa, mas sempre priorizando a seguridade dos negócios e, claro, das pessoas.
Por Guilherme Araújo, Diretor de Serviços da Blockbit
*Imagem: Pixabay/StockSnap