Framework desenvolvido pela Datum TI promete ser decisivo para a retenção de talentos

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Imagem: Freepik

Stable Team apresenta 15 práticas para a gestão de times e quer reduzir o turnover entre profissionais de tecnologia

De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), foram realizados 6,17 milhões de pedidos de demissão entre junho de 2021 e maio de 2022. Atenta a este cenário, a Datum TI, um dos principais players de mercado de TI do País – e que conta com escritório também no Canadá – desenvolveu um framework com o objetivo de reter talentos entre profissionais de tecnologia, desafio diariamente enfrentado pelas empresas do setor. Chamado de Stable Team, o documento traz 15 boas práticas para gestão de times remotos e promete ser decisivo para a redução do turnover.


Carine Bruxel, Chief Transformation Officer (CTO) e uma das sócias da Datum TI, desenvolveu o framework após quatro imersões internacionais (duas nos EUA – Vale do Silício, uma na Finlândia e outra no Canadá), uma experiência de 11 anos em gestão e a formação prática de mais de 2 mil líderes. 


“Um dos principais itens do Stable Team fala sobre a importância de desafiar os profissionais de tecnologia. Desafiá-los diariamente é essencial para mantê-los satisfeitos na empresa. Na Datum, sabemos que reter talentos é importante para o desenvolvimento e crescimento das nossas atividades e para evolução dos nossos profissionais. Por isso, estamos colocando em prática o Stable Team e tenho certeza de que ele será um divisor de águas e um modelo a ser seguido pelo mercado”, completa a CTO.


Vale destacar que reter talentos sempre foi uma prioridade em Datum. Prova disso foi o resultado do ranking elaborado este ano pelo GPTW (Great Place to Work), onde a empresa foi eleita a 35ª melhor companhia de médio porte para se trabalhar no Brasil e a 7ª no estado do Rio Grande do Sul. O GPTW é uma consultoria global que apoia organizações para que elas obtenham melhores resultados, por meio de uma cultura de confiança, alto desempenho e boas práticas.


Confira abaixo mais detalhes do Stable Team:


  1. Conexão: antes de conectar a pessoa com o negócio, deve haver uma conexão, neste caso, com a liderança. Como seres sociáveis, nada substitui o olho no olho, o sorriso, o saber quem é esse novo colaborador, o que gosta, os hábitos, sonhos e como ele vive. Iniciar uma relação profissional falando da empresa tira as pessoas do centro. Ser people first é se conectar human2human;

  2. Conhecer a empresa: depois da conexão, é necessário apresentar o “terreno”. Ao entrar numa empresa, o novo colaborador tem quase nada ou nenhuma informação do negócio. Muitos líderes levam a pessoa para entender seu papel, mas ela nem sabe sobre a cultura, com quem vai trabalhar, como é a estrutura da organização, quem são os clientes ou quando a empresa foi fundada. Apresentar a companhia gera pertencimento, demonstra cuidado e engaja;

  3. Alinhar a expectativa: parece tão simples, mas ao receber alguém no time, precisa dizer o que se espera dessa pessoa. Caso contrário, esse colaborador inevitavelmente frustrará a expectativa do chefe. Um líder que não tem tempo para elaborar um job description, não terá tempo para liderar. Sem alinhamento de expectativas não existem acordos e a relação fica incoerente, pois a cada nova prioridade as ambições mudam e nunca ninguém estará à altura;

  4. Compartilhar a visão da empresa: para quem não sabe aonde vai, qualquer caminho serve. Num negócio moderno, não existem segredos. As pessoas precisam não apenas ser informadas da visão, mas fazer parte na busca desse objetivo. Compartilhar a visão é quase um convite que diz “nos ajuda a chegar lá?”;

  5. Alinhar o propósito: sem saber o que move as pessoas do seu time, você jamais será capaz de liderar. Propósito é o motivo de cada pessoa, é o que faz ela levantar da cama todos os dias. Principalmente após a pandemia, onde elas têm buscado cada vez mais significado, as empresas que não estiverem preocupadas com o propósito pessoal da sua equipe, terão apenas meramente funcionários;

  6. Estabelecer acordos e objetivos: depois de alinhar expectativas, é necessário fracionar em pequenos acordos de curto prazo. As pequenas vitórias gerarão mais confiança de ambos os lados e consequentemente mais resultados;

  7. Rito de gestão: a gestão remota acontece por meio de ritos, com comunicação síncrona e assíncrona. Uma liderança preparada desenha ritos estratégicos com propósitos específicos, sejam eles de feedbacks, de plannings, de brainstorming, de análise de dados, de criação de OKRs, enfim, aqueles que forem mais apropriados para a gestão do seu time;

  8. Desafios: líderes que não desafiam suas equipes, pouco estabelecem relações de confiança. Desafiar gera lições de superação, de empenho, de resiliência, de humildade, de aprendizado. Além disso, o sentimento de equipe acontece mediante os desafios. Com eles, as pessoas crescem, aprendem, desaprendem e saem da zona de conforto. A falta de desafios internos leva à frustração dos times, que passam a olhar para fora, para novas oportunidades no mercado. Desafiar alguém é demonstrar que ela é importante e que há confiança no seu potencial;

  9. Troca de feedbacks: não existe avanço sem alinhamento. Feedback é alinhamento, gera clareza, evita ruído e tira algumas caraminholas da cabeça. Não trocar feedback é a certeza que a relação irá frustrar, desgastar e, em breve, acabar; 

  10. Desenvolvimento de pessoas: se as empresas evoluem, o mercado evolui, a tecnologia evolui. Não restam dúvidas: as pessoas precisam evoluir. Vemos frequentemente no LinkedIn o conceito que de evoluir é mudar de emprego. Isso só tem acontecido porque os colaboradores têm se sentido estagnados nos ambientes onde atuam. Desenvolver pessoas é inevitável num mundo em transformação e é ingrediente fundamental na estabilidade de times;

  11. Reconhecimento: o óbvio precisa ser dito, reconhecer é uma forma de agradecer o que a pessoa tem feito pela empresa. O reconhecimento pode ser feito de diversas maneiras, mas deve ser uma constante, pois eleva a satisfação e o bem-estar dos indivíduos, aumenta a autoconfiança e estimula o avanço;

  12. Transparência: ninguém gosta de ser último a saber. As pessoas precisam estar inteiradas do que se passa na organização. Informação privilegiada é coisa do passado. A informação compartilhada coloca todos na mesma página, gera segurança e sensação de pertencimento. E deve ser feita regularmente, pois num mundo onde tudo muda o tempo todo, manter os times atualizados é fator fundamental;

  13. Planejamento de carreira: se você não planejar a carreira do seu time, o mercado talvez possa fazer isso. Fingir que ele não está aquecido e que as pessoas não buscam crescimento o tempo todo, talvez não mantenha todo mundo no seu time. A liderança contemporânea é preocupada com vida e carreira de sua equipe e sabe que para manter os bons precisa fazê-los crescer;

  14. Relações de confiança: como consequência de tudo isso que já falamos, brotam as relações de confiança. Líderes que não desenvolvem relacionamento com base nela, em breve serão abandonados. Estar presente, ouvir atentamente, cumprir promessas, entender as particularidades, respeitar as diferenças, tudo isso é fundamental para relações baseadas na confiança;

  15. Empoderamento: empoderar é dar espaço, é permitir que as pessoas façam acontecer, mudem as coisas, imprimam suas marcas. Ninguém quer ser coadjuvante de um líder protagonista, as pessoas querem ter poder de decisão, de mudança, de experimentar. Cabe à liderança empoderar seus times. 


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