A revolução das telecomunicações: conexões que transformam o Brasil e o mundo

Telecomunicações
Imagem: Freepik (Pikaso)/Falando Tech

A história das telecomunicações é marcada por inovações que conectam pessoas e impulsionam o progresso. Desde o telégrafo óptico de Claude Chappe, no século XVIII, até as redes 5G, cada avanço reflete o desejo humano de criar soluções para um mundo conectado e sustentável.

O domínio da eletricidade possibilitou o telégrafo elétrico de Samuel Morse, revolucionando as comunicações com mensagens instantâneas. Em 1876, Alexander Graham Bell patenteou o telefone, viabilizando também a conexão de pessoas por voz. No Brasil, a primeira linha telefônica pública surgiu em 1881, no Rio de Janeiro.

O rádio, trabalhado por Guglielmo Marconi e pelo brasileiro Roberto Landell de Moura, que obteve patentes entre 1901 e 1904, introduziu a transmissão de voz e música. Já em 1936, a BBC iniciou transmissões regulares de TV, dispositivo que transformou o acesso à informação para gerações. No Brasil, a TV digital, desenvolvida, com contribuições do Mackenzie desde 2006, trouxe qualidade e democratização do conteúdo.

Satélites de comunicação brasileiros, utilizados a partir de 1980, conectaram regiões isoladas. Hoje, as redes de fibra óptica com mais de 13 mil provedores ampliam a inclusão digital e o crescimento econômico.

Nas cidades, soluções conectadas promovem eficiência. Há exemplos como São Paulo, que desde 2023, usa sensores em inúmeros semáforos, reduzindo congestionamentos. Curitiba, com aplicativos lançados em 2024, otimiza 250 linhas do transporte público e integra sistemas de energia e coleta de resíduos.

No campo, redes 4G e 5G possibilitam o uso de drones e máquinas agrícolas conectadas, melhorando o uso de insumos e as atividades em tempo real. Já a Embrapa utiliza os satélites disponíveis, para orientar práticas mais sustentáveis na pecuária.

Em serviços essenciais, a telemedicina conecta médicos de regiões remotas a especialistas, ampliando diagnósticos, desde a pandemia de COVID-19. A educação a distância passou a levar conhecimento a áreas periféricas e rurais, com iniciativas como o programa “Alunos Conectados”. As telecomunicações também agilizam respostas a desastres naturais, integrando sistemas como os do CEMADEN com a Defesa Civil.

A popularização dos smartphones, iniciada pelo iPhone em 2007, conectou milhões. Hoje, curiosamente, há 1,12 smartphones por cidadão brasileiro, segundo a FGV. O smartphone é considerado pela ONU como o dispositivo de inclusão digital dos seres humanos.

O Brasil, terceiro maior usuário de redes sociais no mundo, mobiliza campanhas e projetos solidários. Um exemplo é a reconstrução do Museu Nacional, após o incêndio de 2018. Essas plataformas também auxiliam a expansão de mercados e negócios digitais.

As telecomunicações combatem a pobreza, conectando pequenos produtores a mercados digitais e viabilizando serviços financeiros. Projetos como “Semear Digital” e parcerias entre Embrapa e INPE beneficiam regiões isoladas. Satélites de baixa órbita, como os da Starlink, conectam comunidades na Amazônia, promovendo a inclusão.

No futuro, telecomunicações integrarão veículos e sistemas de energia renovável, ampliando a sustentabilidade. No Brasil, vale citar o programa de Mobilidade Verde que incentiva o uso de tecnologias limpas. Nesta linha, montadoras planejam investir R$ 60 bilhões em P&D nos próximos cinco anos.

Na saúde, a conectividade aprimora diagnósticos com realidade aumentada e inteligência artificial. No agronegócio, redes 5G suportam práticas sustentáveis, reforçando o Brasil como um dos líderes globais em alimentos.

Mais do que tecnologia, as telecomunicações representam o desejo humano de inovar e cuidar, promovendo um futuro com mais oportunidades para todos.

Dr. Newton Licciardi, docente da Escola de Engenharia da Universidade Presbiteriana Mackenzie
Imagem: Divulgação

*Por Dr. Newton Licciardi, docente da Escola de Engenharia da Universidade Presbiteriana Mackenzie


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