Metaverso, ChatGPT….O que podemos esperar da tecnologia até 2030?
O Metaverso surgiu em 2021, com Mark Zuckerberg apostando alto. Agora, outras inovações, como o ChatGPT, ganham destaque.
O Metaverso surgiu em 2021, com Mark Zuckerberg apostando alto. Agora, outras inovações, como o ChatGPT, ganham destaque.
O Metaverso ganhou evidência em outubro de 2021, devido à grande aposta de Mark Zuckerberg. Além de mudar o nome da controladora do Facebook, Instagram e Whatsapp, investiu um altíssimo valor no que seria o “futuro da comunicação”. Menos de dois anos após o boom, pouco se ouve falar, não só por causa do alto custo da tecnologia, mas porque outras novidades, como o ChatGPT, tornaram-se protagonistas de debates e manchetes de veículos ao redor do mundo. Em meio a tantas mudanças, fica a reflexão: podemos prever o que virá pela frente?
“Em partes, sim. A Inteligência Artificial, por exemplo, deve ganhar ainda mais força nos próximos sete anos por sua versatilidade. Projeções da McKinsey dão peso a essa expectativa de crescimento e consolidação, já que mostram a geração de US$ 13 trilhões em termos globais. Os setores bancários e tributários, por exemplo, ganham maior eficiência, precisão e satisfação ao cliente”, afirma Vinícius Gallafrio, CEO da MadeinWeb e Mobile, provedora de TI e transformação digital.
O agronegócio também é beneficiado e pode ganhar agilidade nunca antes vista. Por ser uma atividade quase “artesanal”, exige do produtor muita “mão na massa”.No entanto, em toda a cadeia produtiva, onde quer que haja a captura ou manipulação de algum dado para uma tomada de decisão, é possível utilizar a IA para promover mais agilidade no processo, eficiência e elevar a performance. É possível predizer produção de lavouras, ranquear fatores de influência que ajudam ou não no crescimento de animais e otimizar a logística de distribuição de insumos e produtos acabados.
De acordo com o executivo, outra tendência que deve ganhar ainda mais força até 2030 são os desenvolvimentos em prol da cibersegurança. Hackers, malwares, phishing, pharming são responsáveis por atividades criminosas que geram prejuízos milionários. “Para ter uma ideia, entre janeiro e agosto do ano passado, foram registradas quase 13 milhões de tentativas de fraudes no comércio eletrônico brasileiro, de acordo com o Censo da Fraude, da Konduto. Em paralelo, deve ocorrer uma educação contínua para os usuários e colaboradores. Sendo assim, as empresas devem apostar na criação de conteúdos que ajudem a identificar golpes e promover uma navegação na internet ainda mais protegida”, analisa.
Mudanças no mercado de trabalho
Desde o início da pandemia, o mercado de trabalho tem respondido às mudanças tecnológicas e incorporado alternativas que permitem gestão remota. A migração para a nuvem se popularizou exatamente por isso. Hoje, o Brasil está em oitavo lugar no ranking da Asia Cloud Computing Association (ACCA), que nomeia os países que oferecem melhores condições para computação em nuvem no mundo. Aliado a isso, perspectivas da Gartner mostram que a maior parte das empresas também adotará a tecnologia nas operações nos próximos anos.
“Essa modernização faz com que as empresas avaliem alguns pontos, como o legado tecnológico, atualizando processos e sistemas que já não cumprem mais o papel necessário, sem falar em uma necessária mudança de cultura dentro da própria organização. Como benefício indireto, ainda contribui com a preservação ambiental por meio de operações mais sustentáveis e com menos desperdício”, diz Vinícius.
E o Metaverso?
Mesmo que não tenha tanto espaço na mídia quanto antes, devemos acompanhar o Metaverso de perto, pois corrobora com outras tecnologias em alta, como a IoT (Internet das Coisas), especialmente quando falamos da indústria de jogos.
“Aos que desejam prever as próximas tendências, fica o alerta: a tecnologia é cíclica. O que perdeu o brilho em um dia, pode irradiar mais forte que o sol em outro. Avaliar os lançamentos e analisar o potencial a longo prazo faz toda a diferença para empresas que querem chegar mais longe”, conclui.