Estamos em um tempo de transformações profundas, marcado por uma revolução que já não pertence mais ao futuro: a Inteligência Artificial (IA). Afinal, muito além de uma tendência, a IA representa uma nova cultura que impacta diretamente a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos. E, como toda grande mudança, ela desperta curiosidade, mas também receios – um comportamento natural do ser humano diante do novo.
Atualmente, vivemos na era do reaprendizado. Este é o momento de desenvolver novas habilidades, com os olhos voltados para o futuro. Por isso, ter uma mente aberta é fundamental para embarcar nesta jornada de evolução pessoal e profissional.
Nesta jornada, a IA vem sendo protagonista. A tecnologia já está presente em nosso cotidiano, transformando processos, otimizando tarefas, ampliando soluções e impulsionando a inovação. E, quando buscamos aprender mais sobre ela, estamos, na verdade, habilitando e expandindo nosso potencial humano.
Como prova de sua ampla adesão, principalmente no mundo corporativo, de acordo com a 28ª edição da Global CEO Survey, conduzida pela PwC, somente no Brasil, 51% dos líderes dizem confiar na integração da IA aos processos essenciais de suas empresas — quase o dobro da média global (33%). Além disso, em relação à IA generativa, que se concentra na criação de conteúdo novo e original, 52% dos CEOs brasileiros relataram ganhos de eficiência no uso do tempo dos funcionários, o que libera recursos humanos para atividades mais estratégicas.
Os resultados da pesquisa ajudam a comprovar que o desconhecido só se torna um desafio intransponível quando não é compreendido. Certamente, a teoria é importante, mas é a prática que faz a diferença. Sendo assim, aprender sobre IA exige testar modelos, desenvolver soluções, errar e acertar. É nesse processo de tentativa e erro que nascem as verdadeiras inovações, pois, mais do que uma ferramenta tecnológica, a Inteligência Artificial é um convite ao crescimento, à experimentação e à reinvenção.
Por isso, ao entender como a IA funciona, deixamos de temê-la e começamos a explorá-la com criatividade e estratégia. Mas, onde termina a capacidade das máquinas e começa o valor humano? Essa é a insegurança mais comum diante da combinação entre Inteligência Artificial e Inteligência Emocional (IE).
Se, por um lado, a IE envolve competências como empatia, criatividade, flexibilidade, sociabilidade e julgamento, por outro, a IA age com sua precisão, velocidade, escalabilidade e capacidade de análise. Desse modo, quando essas duas inteligências se unem, não há competição, mas complementaridade. É a partir dessa parceria que surgem os melhores resultados, com maior potencial de inovação e mais possibilidades.
É importante reforçar que a Inteligência Artificial não veio para substituir as pessoas, mas para potencializá-las. Ao compreendermos essa nova cultura, ganhamos a oportunidade de reaprender. É nesse novo cenário que surge a grande oportunidade: a de reaprender a aprender. Afinal, a IA não veio para nos substituir, mas para nos potencializar, exigindo de nós uma nova forma de pensar, agir e, acima de tudo, evoluir.
Escrito por: Viviam Posterli
Viviam Posterli é CEO do Grupo Skill.