Cloudflare: instabilidade global afeta sites e plataformas
Instabilidade global da Cloudflare provoca erros 500 e afeta sites, serviços governamentais, redes sociais e plataformas digitais
Instabilidade global da Cloudflare provoca erros 500 e afeta sites, serviços governamentais, redes sociais e plataformas digitais

A Cloudflare, uma das maiores empresas de infraestrutura da internet, sofreu uma instabilidade global que começou por volta das 11h48 UTC de hoje (18/11), 8h48 no horário de Brasília. A empresa registrou uma degradação interna de serviço, causando erros 500 (Internal Server Error).
No Brasil, o ocorrido afetou muitos portais de notícias, sites bancários e e-commerces. Alguns serviços governamentais (.gov.br) de algumas regiões que usam os serviços da Cloudflare também foram afetados.
Outras plataformas que foram afetadas: X (antigo Twitter), ChatGPT (OpenAI), Canva. Até o DownDetector, que monitora quedas, não ficou de fora, ficando instável por minutos.
Para Erik de Lopes Morais, COO da Penso Tecnologia, apesar dos avanços em cloud, resiliência e redundância distribuída, muitos ambientes modernos acabam convergindo para os mesmos grandes players. A Cloudflare é um bom exemplo. Ela funciona como uma camada frontal para milhares de sites e aplicações, entregando performance, segurança e mitigação de ataques. Isso é poderoso, mas também cria um ponto único de concentração.
A dependência de serviços terceirizados tem prós e contras. O lado positivo é evidente: alta disponibilidade, tecnologia de ponta, mitigação de ameaças e simplicidade operacional. O problema surge quando essa concentração vira dependência absoluta. Quando o provedor central falha, não importa se seu sistema está replicado, se há múltiplos datacenters ou se o DR está impecável. Tudo continua inacessível porque o gargalo está fora do seu alcance.
Esse incidente mostra que a continuidade de negócios não pode ser vista apenas como projetos de redundância técnica. Ela precisa incluir cenários de falha de terceiros, planos de comunicação, planos operacionais alternativos e processos que permitam ao negócio seguir funcionando mesmo quando o fornecedor da vez para.
A lição é simples, mas urgente: distribuir riscos é tão importante quanto distribuir cargas. E, em um mundo onde cada vez mais empresas dependem dos mesmos poucos grandes provedores, isso precisa voltar à pauta de CIOs, CISOs e líderes de tecnologia – finaliza Erik de Lopes Morais.