Especialistas do SAS Plataforma de Educação pontuam alguns dos principais tópicos a que mantenedores, professores e pais precisam ficar atentos em relação à nova ferramenta. Empresa promoverá live para estimular conversas e trocas sobre o tema
Lançado em novembro de 2022, mas já se tornando o centro de discussões até no Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça) em janeiro, o novo ChatGPT também vem gerando debates no setor de educação. Com um potencial ainda desconhecido de riscos e oportunidades, a nova ferramenta vem causando preocupações e estimulando que escolas e universidades repensem suas formas de ensino e avaliação.
Acompanhando de perto essas movimentações e com o objetivo de contribuir com as conversas, auxiliando mantenedores, coordenadores, professores e pais a lidar com a novidade, especialistas do SAS Plataforma de Educação reúnem os principais pontos levantados até agora, aos quais a comunidade escolar deve ficar atenta. O debate será estendido para uma live no canal do YouTube do SAS, no dia 7 de fevereiro às 19h. Para se inscrever, basta acessar o link: Live ChatGPT/ SAS Plataforma de Educação
O professor Ademar Celedônio (Diretor de Ensino e Inovações Educacionais do SAS) conta que “o ChatGPT é um modelo de linguagem com Inteligência Artificial, criada pela startup OpenAI, capaz de responder sobre quase tudo e gerar textos muito bem elaborados e coerentes – por enquanto, pois vem recebendo diversos investimentos e poderá fazer muito mais que isso e muito em breve”. Junto ao professor Idelfranio Moreira (Gerente de Ensino e Inovações Educacionais do SAS), Ademar destaca que a plataforma já vem impulsionando as seguintes conversas:
- Ampliação dos mecanismos de controle e mitigação de plágios
Um dos principais pontos levantados pelos educadores até agora é a preocupação em relação ao plágio nos trabalhos escolares. Além de os textos desenvolvidos pela ferramenta não trazerem as fontes das quais as informações foram retiradas, os alunos podem entregar trabalhos em seu nome, mas feitos inteiramente pelo ChatGPT. De acordo com os especialistas do SAS, isso exigirá que novas ferramentas de identificação de plágio sejam criadas e mais ações de conscientização sejam trabalhadas junto aos alunos, com reforço de conteúdos sobre ética e direitos autorais;
- Novas formas de avaliação
Para além das ferramentas de identificação de plágio, o novo ChatGPT também está estimulando conversas sobre possíveis mudanças nas formas de avaliação. Atualmente, os principais formatos utilizados pelos docentes, principalmente com alunos do Ensino Fundamental e Médio, são trabalhos e provas por escrito. Quando realizadas dentro da escola, é possível que haja um controle maior sobre as fontes usadas pelos alunos e a instalação de bloqueios nos computadores para que não seja possível acessar a ferramenta. No entanto, para as tarefas a serem feitas em casa, alguns professores já têm exigido que sejam feitas à mão. “Acredito que temos aqui a oportunidade de pensar em diversas novas formas de avaliar os alunos. Se usarmos, por exemplo, a própria ferramenta como material de consulta e estimularmos os alunos a trazerem seu senso crítico sobre o que o ChatGPT entregou, estamos avaliando várias habilidades da BNCC (Base Nacional Comum Curricular), como a 2 – pensamento crítico e criativo, 5 – cultura digital e utilização de tecnologias, 7 – argumentação e 10 – autonomia”, comenta o professor Ademar. Os professores reforçam a importância de os pais e famílias estarem presentes neste momento, para acompanhar o desenvolvimento dos discentes e o uso correto de fontes e ferramentas para as atividades realizadas fora da escola.
- Adaptação dos materiais didáticos e trilhas formativas
Apesar de ainda desconhecidos, é possível afirmar que os potenciais dessa nova ferramenta são inúmeros e devem impactar tanto o dia a dia dos alunos, quanto o futuro do trabalho. Profissões poderão mudar ou acabar, e outras certamente surgirão. Por isso, será importante que os conteúdos trabalhados em aula considerem as novas realidades a partir do surgimento dessa ferramenta, com atividades que incluam trabalhar nos alunos as habilidades para usar soluções como essa, além de mantê-los informados sobre algo tão atual e que, muito provavelmente, também será cobrado nas provas de vestibular. Dentro das trilhas formativas do novo Ensino Médio, que já vem sendo implementado nas escolas, poderão ser incluídas, por exemplo, atividades mais alinhadas às novas possibilidades de carreira. “Parte importante do aprendizado é o aluno ter consciência e compreensão sobre o mundo em que vive. Portanto, incluir essas temáticas atuais nos conteúdos lecionados é indiscutivelmente relevante”.
- Construção de cultura mais digital na escola
O uso de tecnologias nas escolas não é uma discussão nova. Debates sobre Educação 5.0 e a própria reforma do Ensino Médio já convidam as instituições escolares a adotarem ferramentas digitais em seu dia a dia, tanto com os alunos, quanto na gestão da escola em si. Para os alunos, soluções digitais podem oferecer mais autonomia e protagonismo em seu processo de desenvolvimento, além de prepará-los para o que encontrarão no mercado de trabalho no futuro. Para os professores, elas podem auxiliar no direcionamento dos planos de ensino, disponibilizando aos docentes dados e análises sobre as turmas e sobre cada estudante individualmente, além de permitirem uma variação maior de dinâmicas nas atividades práticas. Para as escolas, também podem contribuir com dados e análises, além de trazer mais agilidade nos processos e assertividade nas decisões de negócio da instituição. Para isso, Ademar defende: “Não existe escola com cultura digital sem que os professores estejam devidamente capacitados e munidos de ferramentas e estrutura para isso, e sem que essa cultura alcance a escola de ponta a ponta. Ou seja, precisaremos treinar constantemente os nossos educadores e adotar novas posturas e soluções também na maneira como administramos as escolas”.
Para o professor Idelfranio, a chegada da solução e o fácil acesso a ela por parte dos alunos são uma oportunidade para que os educadores melhorem e evoluam processos. “Inovações como essa continuarão surgindo e cada vez mais rápido. Por isso, a forma como iremos lidar com essas mudanças, assim como já tivemos que lidar com outras – como quando houve o surgimento da internet, por exemplo – e a agilidade com que faremos isso é o que vai determinar os impactos. Temos neste momento a chance de aproveitar essa nova ferramenta para engajar mais os alunos em sala de aula, ensiná-los a utilizar ferramentas como essa para o seu desenvolvimento e de forma ética, os prepararmos para as profissões do futuro, agregar a solução aos nossos modelos de ensino e evoluir em processos de administração e gestão das próprias escolas. Por isso, será fundamental olharmos para o novo ChatGPT e demais novas soluções que surgirem, torná-las nossas aliadas no processo de ensino e aprendizagem”.
E, segundo os especialistas, este processo não precisa necessariamente ser tão difícil para os educadores, apesar de trazer mudanças e novidades. Por isso, eles reforçam a importância de as escolas se manterem atentas às discussões do setor e, principalmente, buscarem por consultorias especializadas, para garantir a constante atualização de conteúdos e práticas já com orientações sobre como isso deve se dar de acordo com a realidade de cada escola, garantindo assim uma transição mais sutil e benéfica para todos os envolvidos.
Para acompanhar a live do SAS Plataforma de Educação sobre ChatGPT no Ensino Básico, acompanhe as redes sociais da empresa: Facebook (@SASEducacao), Instagram (@saseducacao) e Youtube (SASEducação). Demais informações sobre o SAS estão disponíveis no site: www.saseducacao.com.br
SERVIÇO
Live especial: “E esse tal de Chat GPT?”
- Data: 07/02/2023
- Horário: 19h
- Link para inscrição: Live ChatGPT/ SAS Plataforma de Educação