Certificados digitais avançam rapidamente e exigem uma nova postura das empresas
Certificados digitais crescem no Brasil e exigem nova postura das empresas para garantir segurança, eficiência e atendimento às exigências fiscais
Certificados digitais crescem no Brasil e exigem nova postura das empresas para garantir segurança, eficiência e atendimento às exigências fiscais

Há alguns anos, os certificados digitais deixaram de ser um tema restrito a especialistas e passaram a influenciar diretamente o cotidiano das empresas no Brasil. Essa transformação não aconteceu de uma vez: foi guiada pela pressão por eficiência, pela necessidade de atender exigências fiscais e pelo combate cada vez mais urgente às fraudes.
Para dimensionar essa evolução, basta olhar para as previsões de 2025. A Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil) projeta que até o final do ano, sejam emitidos 11,784,050 certificados digitais no país, o que seria um recorde histórico que confirma a certificação digital como pilar de segurança e eficiência nos processos públicos e privados no país.
Exemplificando um pouco o ritmo de crescimento da emissão dos certificados em 2025, no mês de julho, que foi o que contou com o maior número de emissões até o momento, foram emitidos 1.098.207 certificados no Brasil. Isso inclui tanto os certificados de pessoa jurídica (50.3%), como os de pessoa física (48.9%) e de equipamentos e aplicações (0.7%).
Em outras palavras, esse crescimento mostra que o certificado digital já ocupa uma posição central na camada de confiança das empresas, sustentado por tecnologia e regulação.
Os motivos desse avanço são práticos e mensuráveis. A certificação digital, somada à gestão adequada dos certificados, permite automatizar processos, acelerar o fechamento de contratos e reduzir custos operacionais em tarefas que antes demandavam dias. Esses benefícios explicam o aumento dos investimentos em soluções que simplificam o acesso e aprimoram a experiência no uso dos certificados.
Ou seja, a gestão eficiente dos certificados dentro das empresas passa a ser fundamental. Controlar prazos, administrar acessos, garantir que os certificados estejam protegidos e evitar falhas que possam interromper operações é parte essencial da continuidade do negócio. À medida que processos críticos migram para o digital, tratar esses certificados como ativos estratégicos, e não como itens burocráticos, reduz riscos, previne paradas inesperadas e amplia a eficiência operacional.
Apesar dos avanços, todas as empresas, das mais tradicionais às mais digitais, enfrentam o desafio de estruturar processos internos para usar certificados de forma segura e eficiente. A adoção exige planejamento, organização, definição de responsabilidades e fluxos claros. À medida que o uso cresce, crescem também os riscos: ataques mais sofisticados, tentativas de fraude e vulnerabilidades operacionais. Isso demanda padrões rigorosos de segurança e boas práticas de gestão.
O que salta aos olhos, olhando para esse conjunto de dados, é que o certificado digital deixou de ser uma ferramenta unicamente para especialistas e passou a integrar a própria infraestrutura de negócios. Empresas que o incorporam de forma estruturada, com controle e rastreabilidade, ganham velocidade, previsibilidade e credibilidade nas relações comerciais.
Os números mostram que essa evolução está longe de atingir um limite. Vivemos uma mudança cultural decisiva, que redefine a operação das empresas. A confiança passa a se apoiar em tecnologia, processos auditáveis e práticas sólidas de segurança. No médio prazo, essa base mais eficiente e previsível não só reduz custos: ela gera valor real e eleva a competitividade das organizações.
Escrito por: José Luiz Vendramini
*José Luiz Vendramini é Sales Account Manager da Redtrust na América Latina.