Cuidados cibernéticos no carnaval: como se proteger dos golpes virtuais durante a folia
Psafe alerta aumento de 90% em ciberataques durante festas, com mais de 790 mil investidas fraudulentas, aproveitando a despreocupação dos foliões em viagem.
Psafe alerta aumento de 90% em ciberataques durante festas, com mais de 790 mil investidas fraudulentas, aproveitando a despreocupação dos foliões em viagem.
Durante o carnaval, período conhecido por festas e descontração, os brasileiros ficam mais suscetíveis a ciberataques, conforme indicado por uma pesquisa da Psafe de 2022, que apontou um aumento de mais de 90% nas tentativas de golpes virtuais nos primeiros meses do ano. Foram registradas mais de 790 mil investidas fraudulentas, incluindo promoções suspeitas e ofertas maliciosas. Os cibercriminosos ainda se aproveitam da despreocupação dos foliões, especialmente quando estão em viagem, resultando em uma onda expressiva de cibercrimes.
De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), uma das práticas irregulares mais frequentes ocorre durante o momento em que o folião realiza operações digitais. Em situações como o pagamento de bebidas ou comida, por exemplo, criminosos podem observar e roubar a senha digitada pelo cliente.
Os golpes cibernéticos tornam-se uma ameaça significativa nesse período, conforme observado por Marcos Oliveira, Country Manager da Palo Alto Networks no Brasil. “Diante desse cenário, é importante estar ciente dos maiores perigos cibernéticos da temporada e adotar medidas de proteção para desfrutar da folia sem maiores problemas”, afirma.
1. Redes públicas de Wi-Fi
Utilizar redes Wi-Fi gratuitas em hotéis, aeroportos ou restaurantes durante viagens é comum, mas uma ação arriscada. Esses hotspots são vulneráveis a hackers, pois muitas vezes carecem de sistemas de segurança robustos. Hackers podem facilmente se conectar à rede para infectar dispositivos ou roubar dados confidenciais. Em situações ainda piores, redes Wi-Fi podem ser falsas, criadas por criminosos digitais para atrair turistas desavisados e torná-los vítimas.
Para Oliveira, é fundamental se preocupar com a cibersegurança durante uma viagem. “É importante que os usuários evitem se conectar a essas redes ou, pelo menos, adotem medidas de proteção contra os riscos envolvidos. O uso de uma rede virtual privada (VPN) é uma escolha ideal nessas situações. Ao criptografar todos os dados de tráfego durante a navegação, uma VPN protege as atividades online contra possíveis ameaças de criminosos que possam estar na mesma rede pública. Dessa forma, mesmo ao utilizar hotspots arriscados, os usuários mantêm seus dispositivos seguros”, enfatiza.
2. Senhas descobertas
Durante o carnaval, os espaços públicos, geralmente lotados, se tornam propícios para a ação de agentes mal-intencionados em busca de informações valiosas nos dispositivos alheios, como credenciais de contas. A possibilidade de um criminoso observar silenciosamente enquanto alguém insere sua senha e, posteriormente, roubar o celular é uma ameaça real em meio à agitação da multidão. Para prevenir essa situação, é aconselhável evitar o uso do celular em público para acessar contas sensíveis, proteger aplicativos de banco com senha e habilitar bloqueios em casos de roubo.
A autenticação de dois fatores (2FA) surge como uma solução eficaz, recomendando-se ativá-la em todos os aplicativos do celular. Mesmo se a senha for comprometida, a camada adicional de proteção proporcionada pelos códigos de autenticação aleatórios gerados pelos aplicativos 2FA dificultará o acesso não autorizado, sendo aconselhável evitar escolher a opção de receber códigos por SMS, já que serão enviados ao mesmo aparelho.
3. Dispositivos perdidos ou roubados
O roubo ou a perda de dispositivos durante as grandes aglomerações do carnaval é algo muito comum. Como as pessoas gerenciam praticamente toda a sua vida por meio dos smartphones, quando elas os perdem, isso pode significar toda uma cadeia de problemas, que podem ir desde a invasão de suas redes sociais até transações fraudulentas em seus aplicativos bancários.
É por esse motivo que especialistas recomendam manter dispositivos protegidos por senhas fortes e complexas. Afinal, numa eventual perda do mesmo, pelo menos suas contas e arquivos pessoais estarão assegurados pela proteção
4. Guarde as informações do aparelho
Registrar todas as informações essenciais do dispositivo, como número de telefone, fabricante, cor, modelo, PIN ou código de desbloqueio, e IMEI (número interno de identificação do dispositivo) é um passo valioso. O IMEI é crucial para o registro de ocorrência em caso de roubo ou furto. Além disso, observar características que o diferenciam, como arranhões ou rachaduras.
Camada extra de proteção
O Governo Federal, em parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, lançou o aplicativo Celular Seguro. Essa ferramenta visa informar aos bancos e operadoras sobre o roubo ou furto de aparelhos celulares, permitindo o bloqueio imediato nas instituições. O app conta com mais de 680 mil usuários registrados e está disponível para celulares Android e iOS. Ao detectar um roubo, as pessoaspodem alertar instantaneamente as operadoras e bancos, facilitando o bloqueio do aparelho e reforçando a proteção contra golpes.
“Durante o carnaval, essa ferramenta se torna ainda mais útil, proporcionando uma camada extra de proteção. O aplicativo permite que os foliões ajam rapidamente em caso de perda do dispositivo, notificando de imediato as operadoras e bancos para o bloqueio do aparelho. Além disso, a funcionalidade de cadastrar uma pessoa de confiança torna-se valiosa durante eventos, permitindo que amigos ou familiares possam bloquear o celular remotamente, proporcionando tranquilidade aos usuários em meio à diversão carnavalesca”, acrescenta o Country Manager da Palo Alto Networks no Brasil.
*Fonte: Palo Alto Networks