Black Friday: cibersegurança também precisa ser prioridade para o Varejo

Compra on-line com cartão de crédito
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O período de vendas mais digital da história do comércio brasileiro

É com essa expectativa que o mercado aguarda a época de fim de ano em 2021, com a Black Friday e o Natal já chegando em nossa porta. E, de fato, motivos para acreditar nisso não faltam, indo desde a esperada retomada econômica até o fortalecimento de uma nova cultura de compras on-line, acelerada a partir das restrições trazidas à esteira da pandemia. A esperança se justifica, mas também deve trazer mudanças às estratégias dos lojistas. Além de estoques e promoções, por exemplo, os comerciantes agora precisam reforçar seus cuidados digitais. Estamos falando da cibersegurança, item fundamental para proteger os dados e garantir que as rotinas dos negócios estejam protegidas contra qualquer tipo de interrupção. 

Mas como, afinal, as empresas podem se preparar para atender às demandas desse novo contexto virtual? A primeira dica para isso é entender que os cuidados devem acontecer o ano todo – e não apenas na época da Black Friday e de outras datas comemorativas. Ainda que seja verdadeiro o fato de as operações estarem mais suscetíveis a picos de trabalho e ataques nesse período, é igualmente verdadeiro que as ameaças estão sempre rondando as companhias.  

Sendo assim, é recomendado que os líderes de negócios e de TI chequem corriqueiramente todos os links e sistemas de conexão, além de avaliar a capacidade de suas redes para atender a demanda de suas operações. Planejar a expansão para os momentos de pico também é importante, evidentemente. Combinar essas ações – para o agora e para o futuro – é o que permitirá as companhias suportar a carga de conexão, mesmo quando for extra.  

Vale reforçar que manter um ambiente de TI com alta performance exige um comprometimento contínuo com a evolução dos sistemas e tecnologias e não apenas uma ação improvisada e de última hora. Construir planos estratégicos que avaliem as demandas de todo o calendário e priorizem as inciativas mais adequadas a cada período é, certamente, o melhor meio para atingir elevados padrões de eficiência e desempenho das redes de tecnologia, seja dentro das lojas ou no universo on-line. 

O plano de gerenciamento e melhoria das redes, contudo, não deve observar apenas a performance dos ativos e links. Em tempos de comércio eletrônico e interações digitais, é imprescindível que as companhias estejam sempre alertas em relação à segurança das informações. Pesquisas do Instituto Ponemon indicam que as empresas brasileiras perdem, em média, R$ 6 milhões por ano com os cibercrimes e vazamentos de dados. 

É importante saber, portanto, quais são as ameaças e riscos mais comuns e como a organização pode se proteger para evitá-las, corrigindo vulnerabilidades e brechas técnicas. Para isso, a empresa deve ter uma equipe de segurança preparada para analisar os dados, além de planos de segurança ajustados às características do negócio. Uma dica importante, também, é investir em soluções que ajudem a mitigar as possibilidades de acesso dos criminosos às redes, com sistemas de gerenciamento unificado de ameaças – que geralmente traz em uma plataforma todas as opções necessárias para controlar e organizar as estratégias de detecção, prevenção e combate às tentativas de ataques.  

Paralelo aos cuidados técnicos, é fundamental que a companhia reforce, igualmente, o conhecimento interno da empresa, com a disseminação de treinamentos para que os próprios colaboradores ajudem a evitar vazamentos e roubos de dados. Estudos estimam que quase dois terços dos incidentes digitais comecem, justamente, por erros de processos e pela negligência das pessoas, abrindo espaço, por exemplo, para os ataques de Phishing, com o envio de iscas maliciosas e falsas para os usuários. 

Outra tarefa importante é preparar o ambiente para receber mitigar os riscos e evitar ao máximo qualquer tentativa de invasão. Os hackers, sobretudo nessa época do ano, costumam ampliar suas ações, buscando vulnerabilidades nos servidores, sites e plataformas, em situações que podem provocar a captura dos dados dos clientes e, além disso, tirar a loja virtual completamente do ar. Os ataques com ransomwares prometem ser o principal tipo de iniciativa maliciosa deste ano, sequestrando e manipulando os dados das varejistas – e demais empresas. 

Ao adotar uma infraestrutura de segurança adequada, as empresas diminuem as chances de ver suas operações interrompidas por iniciativas maliciosas, bem como protegem seus consumidores contra outros tipos de ameaças on-line. Hoje já existem programas de firewall que são capazes de detectar automaticamente se há uma demanda de tráfego incomum em um site específico, algo capaz de ajudar a neutralizar ataques e dirimir riscos, por exemplo.  

Outra tecnologia que merece destaque é a solução de Proteção avançada contra malware (ATP, de Advanced Threat Protection, em inglês), que reúne inteligência de cibersegurança para identificar múltiplas ameaças e técnicas de ataque, oferecendo proteção abrangente para ameaças com alta precisão. 

Momentos como a Black Friday e o Natal requerem tecnologia e inovação constante para vender mais e para manter as organizações mais seguras. Essa preparação deve ser feita de forma contínua, sempre buscando soluções e serviços que garantam o máximo desempenho aos usuários e clientes – o que com certeza ajudará a maximizar a rotina dos negócios. O sucesso das vendas também depende, hoje, de ambientes mais confiáveis sob todos os aspectos. Afinal de contas, vivemos tempos em que a experiência vale tanto como um desconto. Ou seja: é preciso oferecer uma compra segura e fluída, pois é isso o que garantirá que um consumidor retorne – não apenas na hora das promoções.  

Por Cleber Ribas, CEO da Blockbit 

*Imagem: Pexels


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