O Dia Mundial da Saúde é comemorado no dia 7 de abril e foi instaurado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1948, comemorado pela primeira vez em 1950.
Nesses 72 anos, o Dia Mundial da Saúde foi marcado por iniciativas, nacionais e internacionais, para conscientizar e difundir informações sobre saúde.
Em 2022, após dois anos de pandemia da Covid-19, ganham destaque na data as medidas de enfrentamento e superação à crise sanitária global, em grande medida pelo avanço da vacinação, mas também pelas condutas adotadas nas instituições de saúde nos últimos anos.
Atualmente, a pandemia da Covid-19 apresenta números em queda em grande parte dos países devido ao avanço dos esforços de vacinar a população.
A melhora da situação sanitária já faz alguns países falarem sobre endemia, que é quando a população começa a conviver com uma patologia, sem apresentar picos significativos de contágio e óbitos, como ocorre com a dengue no Brasil.
Essas novas discussões colocam em destaque um período de transição para o fim da pandemia, mas especialmente, sobre o que nesse período será mantido.
A pandemia da Covid-19 trouxe transformações diversas nas instituições de saúde, como:
maior atenção aos cuidados sanitários e de higiene em todas as instalações médicas;
aumento no investimento na saúde para abarcar o crescimento da demanda do período;
uso de máscara em todos os ambientes compartilhados;
incorporação de novas tecnologias, como big data, blockchain, inteligência artificial e outras;
serviços de saúde a distância, por meio de serviços de telemedicina, como a telerradiologia e o telecomando;
redução dos deslocamento e trânsito em instituições de saúde;
reformulação de processos de triagem e encaminhamento dos pacientes;
acesso domiciliar à serviços de saúde, como realização de exames;
maior autonomia do paciente, como em métodos de autoteste.
As mudanças no contexto da saúde, apesar de muitas delas terem sido pensadas comparadas a enfrentar a pandemia da Covid-19, mostraram-se eficientes para outros fins, como qualidade de vida dos profissionais da saúde, protagonismo do paciente e ampliação do acesso aos serviços.
Assim, em 2022, o Dia Mundial da Saúde incentiva um novo debate: quais transformações serão mantidas no setor?
Ainda não é possível prever exatamente quais são as mudanças ocasionadas pela pandemia da Covid-19 que serão incorporadas de forma permanente à sociedade, mas existem alguns indicativos.
A Covid-19, assim como outras infecções respiratórias altamente transmissíveis, passará a fazer parte do cotidiano e uma das medidas mais indicadas para reduzir a transmissão dessas doenças é reduzir as aglomerações, principalmente nas instituições de saúde.
Dessa forma, mais locais devem investir em alternativas para controlar a rotatividade de pessoas, evitando ambientes lotados.
Um exemplo nesse sentido é a entrega de laudos e exames por canais digitais, evitando o deslocamento de pacientes e acompanhantes até a instituição de saúde.
Algumas transformações de infraestrutura também foram necessárias na área da saúde, como mais janelas e portas para promover uma melhor ventilação dos espaços.
A tendência é que essas alterações, priorizando espaços abertos, bem ventilados e com distanciamento entre pessoas sejam valorizadas em projetos futuros.
A higiene dos ambientes sempre foi uma demanda na área da saúde, mas com a pandemia da Covid-19 ela foi mais difundida, especialmente entre os pacientes.
Assim, a expectativa é que os ambientes de saúde mantenham rotinas rígidas de higienização, inclusive com a disponibilização de álcool em gel para higiene dos circulantes.
O home office foi um grande aliado no enfrentamento à pandemia e, na área da saúde, foi viável principalmente para profissionais de tarefas administrativas e médicos atendendo de casa.
Como em outros setores, o home office deve continuar devido aos benefícios à qualidade de vida dos profissionais sem comprometer os níveis de produtividade das instituições.
Diversas tecnologias foram incorporadas na área da saúde para melhorar o fluxo de processos durante a pandemia, como o prontuário eletrônico para centralizar as informações dos pacientes e viabilizar o monitoramento contínuo de sinais vitais por meio do big data, por exemplo.
A expectativa é que as tecnologias continuem como importantes aliadas na modernização da saúde, o que impacta desde a realização de procedimentos, como por meio da cirurgia robótica, até a gestão hospitalar, como ocorre com a incorporação de sistemas integrados.
Uma das primeiras transformações promovidas pela pandemia no Brasil foi a autorização, inicialmente em caráter emergencial, da telemedicina para monitoramento médico à distância.
Além dessa mudança, alguns serviços já consolidados foram anteriormente ampliados no período da pandemia, como a telerradiologia e o telecomando.
O telecomando, por exemplo, pressupõe todo um sistema para que um técnico a distância possa realizar exames de alta complexidade, como a ressonância magnética.
Assim, a tecnologia também contribuiu na difusão dessa categoria de serviço que está entre aqueles que devem permanecer após a pandemia.
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