Um dos mercados rentáveis do planeta, que movimentará mais de US$ 150 bilhões este ano. A indústria de games é o que podemos chamar de uma brincadeira cada vez mais levada a sério. Este é um setor em evidente expansão, com crescimento robusto em todo o ambiente global. Inclusive, no Brasil.
Com faturamento superior a US$ 1,5 bilhão por ano, a indústria nacional, hoje, conta com uma sólida cadeia produtiva, que inclui desenvolvimento de soluções de hardware e mais de 300 estúdios gamers. Estamos evoluindo, com uma produção sólida e capaz de atender os desejos do público.
Essa é uma grande notícia, pois, atender o perfil dos jogadores no Brasil é uma questão certamente bastante desafiadora. Atualmente, estima-se que mais de 60 milhões de brasileiros jogue algum tipo de game digital. Desse total, a imensa maioria não se dedica a apenas uma plataforma: entre celulares, consoles e PCs, há um intenso e enorme mar de oportunidades para a cadeia comercial de nosso País.
Pesquisas indicam que o perfil do gamer é bastante variado, dependendo do tipo de tela e jogo. Nesse contexto, é importante destacar a expansão dos chamados e-Sports, com direito a transmissões em tempo real – e com enorme audiência – na Web e na televisão. O aumento desse mercado é uma tendência que não deve diminuir em médio prazo. De acordo com pesquisas, o país tem mais de sete milhões de espectadores de e-Sports e está atrás apenas das superpotências China e Estados Unidos.
Vale dizer que aproximadamente 70% do público que acompanha partidas on-line e as disputas profissionais estão dispostos a investir em hardware e software de melhor desempenho, sobretudo no que se refere a seus desktops e notebooks. Hoje, os PCs são a principal opção dos jogadores mais ativos, principalmente em jogos por streaming e via Web.
Esse é um dos pontos que ajudam a explicar a importância da cadeia produtiva de PCs e Notebooks relacionados a jogos como uma ferramenta geradora de receita para o Brasil. De acordo com uma série de levantamentos do mercado, a indústria gamer nacional tem aumentado consideravelmente seu alcance de negócios, oferecendo cada vez mais soluções inovadoras, capazes de atender jogadores profissionais e ocasionais.
A indústria nacional está mais flexível, competitiva e preparada. Os novos produtos do mercado se destacam pela sua capacidade de atender até mesmo as mais altas exigências dos públicos. O objetivo dos consumidores é ter desktops que suportem as demandas de processamento gráfico e desempenho necessários para se gerar uma experiência de jogo mais realista e divertida, e que, preferencialmente, também agreguem funcionalidades voltadas para a rotina fora dos games, além de considerar as necessidades locais de um país tropical – onde arrefecimento, por exemplo, é um ponto muito importante.
Por se tratar de um jogador multitela, é de se esperar que os clientes queiram cada vez mais unir suas necessidades de entretenimento e eficiência necessária para o trabalho em um só equipamento. Por isso, embora haja consumidores cuja única finalidade é a prática dos jogos, é importante que o vendedor e as fabricantes entendam que abranger novas possibilidades de consumo é uma vertente interessante e que pode ser essencial para atrair os compradores, mesmo aqueles que se interessam pelo tema, mas não são necessariamente heavy users dos jogos.
Sendo assim, é imprescindível que a oferta de todos esses equipamentos seja feita de acordo com os desejos e perspectivas dos clientes. A abordagem essencial deve atender as necessidades próprias do consumidor, endereçando as soluções práticas para cada demanda. Isso significa ouvir e entender as questões e premissas do comprador, lembrando-se de que estamos falando de clientes que, geralmente, conhecem o que querem.
Apesar de mostrarem um perfil versátil, os jogadores, aficionados ou não, em geral, buscam bom atendimento e inovações que os ajudem a ter melhores resultados com os games. O mercado deve compreender que a relação de consumo do público depende, necessariamente, dessa relação. Portanto, os processos de venda e serviços devem ser pensados de maneira constante, entregando a flexibilidade e a performance esperada pelo público brasileiro.
O perfil dos jogadores brasileiros apresenta diversas possibilidades, do Mobile ao Desktop, e uma não é excludente a outra. Há ótimas maneiras de visualizar a aproveitar tudo o que esse cenário pode oferecer. Para isso é necessário que saibamos quem é o cliente que está no controle das ações. Somente com esse conhecimento prático, obtido no dia a dia, é que poderemos fazer bons negócios e satisfazer cada vez mais o gamer no Brasil.
Roger Melo, Gerente da Divisão Consumer da DATEN