IA em processos seletivos: 5 dicas para usar a tecnologia a seu favor

Enquanto 90% das empresas planejam requalificar equipes, profissional que investe em tecnologia e autenticidade sai na frente, aponta especialista

Mercado de trabalho e IA
(Imagem: Falando Tech)

O Brasil vive um cenário complexo no mercado de trabalho. Enquanto indicadores econômicos apontam para um forte aquecimento e uma alta oferta de vagas, o relatório “Future of Jobs 2025”, publicado pelo World Economic Forum, revela que quase 90% das empresas brasileiras planejam requalificar seus funcionários, indicando uma lacuna entre as oportunidades e os profissionais preparados para ocupá-las. Neste contexto, saber se posicionar de forma estratégica é fundamental para conquistar as melhores vagas.

Para Jhenyffer Coutinho, Sócia e Head da Experiência para Pessoas Candidatas na Gupy, plataforma de IA número 1 para aquisição e gestão de pessoas na América Latina, o momento exige que os candidatos utilizem ferramentas digitais, como a Inteligência Artificial, não apenas para otimizar tarefas, mas para construir uma candidatura autêntica e competitiva.

“Estamos vivendo um momento de profunda transformação. As empresas precisam de talentos, mas não encontram profissionais preparados para as demandas atuais, especialmente em áreas ligadas à transformação digital e análise de dados. Essa dualidade nos mostra a importância da especialização constante dos profissionais para se manterem competitivos no mercado, já que ele está cada vez mais criterioso e seletivo”. Observa Jhenyffer.

Para se adaptar ao cenário atual, é preciso entender o papel da IA como uma ferramenta de apoio para a pessoa candidata, não de eliminação. Os agentes de IA, como os da Gupy, analisam as competências e experiências descritas pelo candidato e ordenam os perfis de acordo com a aderência aos requisitos da vaga definidos pela empresa.

Sem a tecnologia, as pessoas recrutadoras muitas vezes se limitavam a olhar para os currículos que chegavam primeiro ou tomavam decisões enviesadas por critérios superficiais. A Inteligência Artificial impulsiona a avaliação estratégica dos perfis mais aderentes, democratizando os acesso às oportunidades. Os resultados são perceptíveis: nas empresas que usam a solução de Recrutamento e Seleção da Gupy, 65% das contratações vêm dos 10 currículos mais bem posicionados na ordenação sugerida pelos agentes de IA.

O contexto mostra como a tecnologia está redefinindo a forma como as empresas contratam, de modo que a Inteligência Artificial pode ser utilizada para apontar com agilidade e assertividade ao recrutador os perfis que, de fato, preenchem os requisitos. No entanto, é fundamental lembrar que a decisão final é sempre humana, e por isso, um perfil completo é o melhor caminho para garantir que seu talento seja visto. Diante disso, a especialista da Gupy elenca 5 estratégias essenciais para adaptar-se à nova realidade:

  1. Criar um documento-mestre com toda a sua trajetória profissional detalhada: projetos, resultados, habilidades desenvolvidas, ferramentas utilizadas. Esse arquivo será a base de dados pessoais. A partir dele, IAs como Gemini e o ChatGPT podem ser utilizadas para adaptar e reorganizar essas informações conforme a plataforma que o candidato está se cadastrando para se aplicar à vaga.
     
  2. Traduzir as experiências em resultados concretos. Em vez de listar tarefas, o ideal é pedir ajuda à IA para transformar as responsabilidades em métricas de impacto.
     
  3. A ferramenta pode ajudar além da construção do currículo. É possível utilizar a IA para preparação para entrevistas, simulando perguntas e recebendo feedbacks, e também para identificar gaps de competências, buscando cursos que fortaleçam o perfil profissional.
     
  4. É importante sempre permanecer autêntico e original. O maior erro dos candidatos é usar a IA para criar uma persona profissional que não corresponda à realidade. A autenticidade é um valor buscado por recrutadores para entender a trajetória real dele.
     
  5. Investir em aprendizado contínuo. O candidato precisa construir uma mentalidade de crescimento, demonstrando curiosidade e abertura a feedbacks. As competências comportamentais, como resiliência e comunicação, devem ser tão valorizadas quanto as habilidades técnicas.

A tecnologia transformou a forma como as empresas avaliam talentos, liberando as equipes de recrutamento das empresas de tarefas operacionais para que possam focar em análises mais profundas, como o alinhamento cultural e o potencial de desenvolvimento. Por isso, a pessoa candidata que demonstra autoconhecimento e trabalha no aprendizado constante para se manter atualizada no mercado, destaca-se nos processos seletivos.

Jhenyffer reitera o uso consciente da Inteligência Artificial: “Use a tecnologia a seu favor, mas nunca para criar uma versão artificial de quem você é. Os recrutadores estão cada vez mais preparados para identificar candidatos genuínos, que demonstram potencial de desenvolvimento e vontade de aprender. Empregabilidade não é sobre ser perfeito, é sobre ser relevante, adaptável e verdadeiro”, finaliza a especialista.

Fonte: Gupy


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