Adeus, entrevista clássica? As previsões da IA para o recrutamento em 2026
A IA deve liderar o recrutamento até 2026, reduzindo entrevistas longas, triagens manuais e mudando o papel do RH
A IA deve liderar o recrutamento até 2026, reduzindo entrevistas longas, triagens manuais e mudando o papel do RH

Depois de anos atuando como apoio, a inteligência artificial deve assumir o protagonismo e reorganizar a relação entre empresas, candidatos e profissionais de recursos humanos. Segundo estudo da Salesforce com executivos de RH, 64% das companhias devem utilizar agentes de IA no recrutamento até 2027 — um movimento que acelera o fim das entrevistas longas, das triagens manuais e da dependência de plataformas únicas.
“As tendências que veremos ganhar força nos próximos anos, como automação inteligente, agentes autônomos e análises preditivas, mostram que a contratação será cada vez mais orientada por dados, contexto e comportamento, e não apenas por currículos e impressões do recrutador”, comenta Christian Pedrosa, fundador e CEO da DigAÍ.
Entre as tendências, ganha força o social recruiting impulsionado por IA. Em vez de esperar que o candidato encontre a vaga, a tecnologia o alcança diretamente nas redes sociais por meio de campanhas pagas que segmentam habilidades, histórico profissional e sinais de intenção. O recrutamento passa a ir onde as pessoas estão, reduzindo a dependência de canais tradicionais, ampliando a diversidade e acelerando o funil de atração.
Outra frente em ascensão são os bancos de talentos globais com busca por habilidades em tempo real. Agentes de IA conversacionais permitem pesquisas naturais e detalhadas, como: “analista de dados pleno no Nordeste com experiência em varejo omnichannel e início imediato”. A IA analisa milhões de perfis em segundos e cruza competências, localização e aderência comportamental, tornando a triagem instantânea e precisa.
O impacto da IA também chega às entrevistas moduladas, uma etapa inicial que avalia microexpressões, padrões de linguagem e indicadores de confiança para apoiar o recrutador antes do contato humano. Não substitui a entrevista tradicional, mas fornece dados que reduzem vieses e otimizam o tempo do RH.
Outro movimento importante é o match cultural assistido por IA, que compara histórico, interesses e interações do candidato com o conteúdo da empresa para prever aderência ao ambiente organizacional, reduzindo turnover e trazendo maior transparência ao processo.
No conjunto, essas tendências apontam para um recrutamento mais dinâmico, preditivo e contextualizado. “As entrevistas clássicas não desaparecem, mas se aliam e são enriquecidas com as análises automatizadas, triagens conversacionais e experiências personalizadas construídas pela IA”, finaliza Pedrosa.
Fonte: DigAÍ