Amazon testa recurso semelhante à rede social chinesa nos EUA, enquanto tecnologias de marketing trabalham para incorporar o formato a demais aplicativos
Que o TikTok é famoso por suas dancinhas, vídeos de humor e desafios, nós já sabemos. Entretanto, a Geração Z, que inclui as pessoas que nasceram após o ano 2000, não vê mais o aplicativo apenas como uma rede social. A plataforma chinesa está se tornando o principal mecanismo de buscas para os jovens, além de um meio de e-commerce. E a familiaridade do público com esse formato está afetando a forma como outras marcas se comunicam.
Enquanto os pequenos empreendedores se contentam em criar conteúdo “stories” para as redes, as grandes empresas projetam transformar o formato de sua comunicação para atrair esse público. Em dezembro do último ano, por exemplo, a Amazon lançou nos Estados Unidos um novo recurso em seu aplicativo semelhante ao TikTok. Chamado Inspire, a ferramenta, que ainda está em período de teste, permite que os clientes da norte-americana explorem produtos no mesmo formato da rede social chinesa, a partir de postagens de influenciadores, marcas e até outros clientes.
Por enquanto, o recurso da Amazon ainda não chegou ao Brasil, mas algumas tecnologias já esboçam como será o futuro. A CleverTap, plataforma de retenção e engajamento de usuários, se juntou ao Storyly, empresa responsável por integrar o formato de stories (TikTok) aos aplicativos, para inserir publicidade em plataformas que não são redes sociais, como apps móveis e sites comerciais.
“A Geração Z não foi educada com conteúdos digitais diretos e engessados, pelo contrário. É um público mais exigente, que quer interatividade a todo momento. O formato de stories e TikTok se comunica diretamente com o público, porque oferece experiências personalizadas. O usuário se sente no comando da tecnologia”, explica Victor Paschoal, Head de Marketing da CleverTap.
Não há como certificar que este formato será consolidado nos próximos anos. A tecnologia muda a cada momento e as preferências dos usuários também. Mas um fato é certo: as pessoas exigem cada vez mais interatividade na internet.