5 tendências do mercado de aplicativos para 2024

Explore a revolução dos aplicativos móveis: comunicação, entretenimento, saúde e finanças. Estudo da Rocket Lab revela hábitos globais, com 88% do tempo dedicado a apps.

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Créditos: Pexels / Pixabay

Executivo de tecnologia lista o que deve impulsionar ainda mais o setor no próximo ano

Nos últimos anos, os aplicativos móveis tornaram-se uma parte integral da vida cotidiana, abrangendo desde comunicação e entretenimento até saúde e finanças. Segundo um estudo da Rocket Lab, a população mundial passa, em média, mais de 20% do seu dia nos celulares. Desse total, 88% é destinado à navegação em aplicativos, como redes sociais, ferramentas de produtividade e lojas de e-commerce. 

No Brasil, esses números são ainda mais relevantes. O país se destaca como o 11º no ranking de usuários que mais gastam com mobile, registrando um total de US$ 1,37 bilhão. E, em relação aos downloads e tempo de uso, estamos na 4ª posição mundial, ficando atrás apenas da China, Índia e Estados Unidos. 

Para Marcell Rosa, Gerente Geral Latam da CleverTap, plataforma de marketing digital especializada em retenção e engajamento de usuários mobile, esse comportamento deve se intensificar ainda mais em 2024: “Com o avanço do 5G no país, o investimento em superapps e o surgimento de novas tecnologias, a migração para o mobile se torna cada vez mais vantajosa. E não estamos falando apenas do abandono dos desktops. Serviços que antes não eram online ganharão espaço na internet apenas com ferramentas para os celulares”. 

Analisando como foi o mercado mobile em 2023, o especialista revela as tendências que permearão o setor no próximo ano. Confira:

  • Avanço do 5G e Internet das Coisas (IoT)

A cobertura 5G completou um ano de implementação no Brasil em julho de 2023, com cerca de 10 milhões de acessos, e a previsão é que esse número aumente cerca de 10 vezes até 2027, segundo a consultoria Omdia. A expansão da rede abrirá novas possibilidades para aplicativos que dependem de velocidades de conexão ultra rápidas e baixa latência, como streaming de alta qualidade e jogos online. Além disso, a integração com dispositivos IoT permitirá o controle remoto de uma variedade de dispositivos, desde eletrodomésticos até carros conectados, impulsionando o desenvolvimento de plataformas centradas na automação e na conectividade total.

  • Experiências mais personalizadas

Uma pesquisa da McKinsey aponta que 72% das pessoas gostam de personalização e esperam ser reconhecidas pelas marcas que consomem. Em 2024, a demanda por experiências personalizadas continuará a crescer, levando os desenvolvedores a investir em algoritmos avançados de aprendizado de máquina. Aplicativos que oferecem conteúdo, recomendações e interfaces adaptadas às preferências individuais dos usuários terão uma vantagem competitiva significativa. 

  • Investimento em cibersegurança

Apesar dos benefícios evidentes da personalização por coleta de dados, a estratégia também suscita preocupações em relação à privacidade dos usuários. Conforme indicado por um estudo da PSafe, três em cada cinco brasileiros têm receios de que suas informações possam ser comprometidas ao realizar compras online. Com a crescente preocupação, aplicativos que enfatizam a segurança e oferecem maior controle aos usuários sobre suas informações pessoais podem se tornar mais proeminentes.

  • Crescimento dos pagamentos digitais

De acordo com o Relatório de Economia Bancária, 79% das transações financeiras no Brasil foram feitas por celular em 2022, ante 69% no ano anterior. Em 2019, esse percentual era de apenas 28%. A tendência de pagamentos digitais ganhará ainda mais impulso em 2024. Os aplicativos buscarão integrar métodos inovadores, proporcionando transações seguras, rápidas e eficientes. 

  • Realidade Aumentada (AR) e Realidade Virtual (VR)

Os óculos de realidade mista Apple Vision Pro prometem ser o principal lançamento de tecnologia do primeiro trimestre de 2024. Com a novidade, veremos mais aplicativos que exploram AR e VR para oferecer experiências imersivas em áreas como jogos, treinamentos profissionais, simulações médicas e entretenimento. Ambas as tecnologias têm o potencial de revolucionar a forma como aprendemos, nos divertimos e realizamos tarefas cotidianas, abrindo novas possibilidades para a inovação e interação digital. 

“Vale lembrar que essas são apenas especulações com base nas tendências analisadas nos últimos anos. O cenário real pode ser diferente. Por isso, é sempre importante estar atento às mudanças no mercado e às novas tecnologias emergentes”, finaliza Marcell. 


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