Inteligência artificial: por que ainda estamos falando sobre o ChatGPT?

ChatGPT
Imagem: Mojahid Mottakin / Unsplash

O ChatGPT (Generative Pre-trained Transformer) tem mudado a maneira como o mundo vê a Inteligência Artificial (IA). Cada vez mais pessoas utilizam a ferramenta de maneira consultiva ou para aumentar a produtividade no trabalho, sendo essa uma forma mais comum de uso. 

Por ser uma tecnologia que simula linguagem natural, o poder do ChatGPT está em seu amplo “estoque” de conhecimento aliado à capacidade de interagir como se fosse um humano. É como se você pudesse ter acesso a um consultor super inteligente e conversar sobre qualquer assunto.

Poucos meses desde seu lançamento, em novembro de 2022, a estimativa é de que a plataforma já tenha ultrapassado 100 milhões de usuários mensais. Essa   popularização mostrou ao mundo o poder de uma inteligência artificial, tanto que levou o governo dos EUA a anunciar um investimento de US$ 140 mi em estudos sobre esse tipo de tecnologia.

Mas, apesar de todos os benefícios em torno do ChatGPT, a existência de uma tecnologia como essa tem gerado preocupação ao redor do mundo e colocado dúvidas sobre a extinção de postos de trabalho tanto agora quanto no futuro. Essa preocupação é compreensível tendo em vista que a ferramenta possui alta capacidade de produção com qualidade e não possui as mesmas restrições que os humanos. Contudo, os estudiosos de IA defendem que a tecnologia não deixará os escritores criativos desempregados em um futuro breve. 

Isso porque a tecnologia tem limitações e não entregará bons resultados se o comando inserido for ruim. É importante considerar também que, em alguns casos, o ChatGPT escreve respostas incorretas, é sensível se alguém tentar seguir argumentando o mesmo ponto e, por fim, há situações que ainda exigem o discernimento humano.

O ChatGPT é uma prova do papel integral da automação na transformação social, econômica e empresarial em todo o mundo. As tecnologias baseadas em automação, como a própria inteligência artificial, RPA, machine learning, as plataformas de integração de sistemas ou mesmo tecnologias de desenvolvimento de aplicações sem código/baixo código estão se tornando cada vez mais valiosas nas operações de negócios devido à popularização da hiperautomação. Ela consiste na junção de diversas tecnologias que efetuam processos de negócio, sendo em alguns casos, a força motriz por trás da automação de empresas em vários segmentos. 

De acordo com um estudo da consultoria PwC, 86% dos CEOs das empresas consideram a IA como um elemento importante para sua operação. Quase que em sintonia com esse estudo, a consultoria Gartner também afirmou que o mercado da hiperautomação deve receber investimentos de US$720 bilhões em 2023. Tais dados comprovam que as tecnologias de automação têm se mostrado fortes aliadas no aumento da produtividade e redução de custos das empresas no novo modelo digital. 

Ao combinar a redução de atividades manuais provocada pela automação e a popularização de ferramentas com essa finalidade, é possível afirmar que ainda teremos muitas discussões sobre o impacto da inteligência artificial, como o ChatGPT, e outras tecnologias em nossas relações sociais e trabalhistas. Contudo, como reflexão, não podemos ignorar que a automação tem o poder de auxiliar os seres humanos em tarefas mais corriqueiras. E, apesar de estarmos longe de um período em que as relações humanas serão completamente substituídas pela tecnologia, é inegável que estamos observando no presente o início da evolução do trabalho.

*Por: Elias Ramos, Líder de Marketing de Conteúdo da Jitterbit


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