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ISH Tecnologia alerta para riscos crescentes em dispositivos conectados e reforça a importância da segurança digital em ambientes domésticos e corporativos
A hiperconectividade já não é tendência: é realidade operacional nas casas, nas empresas e em praticamente qualquer rotina que dependa de conveniência e automação. Mas, conforme o ecossistema IoT se expande, cresce também a superfície de ataque. Dispositivos simples, como câmeras domésticas, babás eletrônicas e até robôs aspiradores inteligentes, tornaram-se alvos cada vez mais atrativos para cibercriminosos.
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Segundo especialistas da ISH Tecnologia, muitos desses equipamentos chegam ao mercado com camadas mínimas de segurança, dependem de configurações do usuário e permanecem por meses (ou anos) com falhas abertas, sem atualizações de firmware. O resultado é um cenário de vulnerabilidade que pode ser explorado tanto em residências quanto em empresas.
Robôs aspiradores: uma nova porta de entrada para ataques silenciosos
Relatórios recentes de pesquisadores independentes em IoT mostraram que:
Alguns modelos transmitem imagens ou mapas do ambiente sem criptografia, permitindo que invasores monitorem o layout da residência.
Há registros de robôs sendo usados como ponto de pivot para alcançar roteadores domésticos mal configurados.
Testes conduzidos em 2023/2024 revelaram tentativas de exploração via APIs expostas e portas abertas — um prato cheio para ataques remotos.
Na prática, o robô aspirador, aquele que passeia pela casa calmamente enquanto você trabalha, pode estar absorvendo mais dados do que poeira.
Babás eletrônicas hackeadas: um risco real e crescente
As babás eletrônicas inteligentes, que transmitem áudio e vídeo em tempo real, tornaram-se ativos sensíveis. Pesquisas e alertas de autoridades globais de cibersegurança reforçam que:
Até 7% dos dispositivos IoT monitorados apresentam sinais de atividade suspeita, incluindo tentativas de acesso não autorizado.
Muitos modelos chegam às casas com senhas padrão, portas abertas e protocolos inseguros.
Um levantamento de 2024 identificou que grande parte das câmeras e babás eletrônicas opera com firmware desatualizado, abrindo brechas para espionagem remota.
Casos já registrados vão de invasões silenciosas até tentativas de interação com a criança ou coleta de informações sobre a rotina da família.
Por que isso acontece?
Os ataques se concentram em três fragilidades recorrentes:
Segurança de fábrica limitada: dispositivos priorizam custo e usabilidade, não a proteção.
Falta de atualizações: falhas conhecidas permanecem exploráveis por longos períodos.
Assim, o risco não está apenas no dispositivo, mas em todo o ecossistema onde ele opera.
Recomendações para aumentar a segurança
Para fortalecer a postura de segurança no ambiente doméstico e corporativo, a ISH recomenda:
Alterar senhas padrão imediatamente.
Ativar autenticação em dois fatores sempre que disponível.
Manter firmware e aplicativos atualizados.
Evitar uso em redes Wi-Fi públicas ou sem senha.
Priorizar equipamentos com criptografia ponta a ponta.
Criar uma rede separada (VLAN ou guest network) para dispositivos IoT.
Desabilitar recursos não utilizados, como acesso remoto, microfones ou integrações na nuvem.
IoT doméstico também pode ser um risco corporativo
Quando um colaborador acessa sistemas corporativos a partir de uma rede residencial vulnerável, o risco “doméstico” deixa de ser apenas um problema da família e passa a ser um ponto crítico na estratégia de segurança das organizações.
“Se está conectado, precisa ser protegido. A postura preventiva deve ser tratada com a mesma seriedade aplicada aos ativos corporativos”, afirma Hugo Santos, Diretor de Inteligência de Ameaças da ISH Tecnologia.
Para a ISH, mitigar riscos em ambientes híbridos exige uma combinação entre tecnologia, conscientização e governança. Educar usuários, avaliar vulnerabilidades e promover boas práticas digitais é essencial para construir uma cultura de segurança que resista aos desafios da economia hiperconectada.