Funções das TVs 2.5 e 3.0 são usadas juntas pela primeira vez na história em uma transmissão ao vivo

Pessoas assistindo futebol na TV - Shutterstock
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Tecnologias dos padrões da TV digital foram desenvolvidas e implantadas pelo Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre (Fórum SBTVD)

Já imaginou assistir na TV aberta a um jogo de futebol do seu time do coração com tanta tecnologia que parece que você está dentro do estádio? E acompanhar a seleção brasileira no maior evento de futebol mundial na melhor qualidade de som e vídeo possível? 

Nas três primeiras vezes que o Brasil foi campeão mundial de futebol (1958, 1962, 1970), os torcedores assistiram às vitórias no padrão da TV 1.0, com sinal analógico e imagem em preto e branco. As outras duas conquistas (1994 e 2002) foram transmitidas no padrão TV 1.5, também com sinal analógico, mas a imagem já era colorida. 

Em 2022, o sonho do hexacampeonato acabou antes que o esperado para a seleção canarinho, mas pudemos acompanhar as partidas pela TV aberta digital no padrão atual, a TV 2.5, que inclui ‘High-Dynamic Range’ (HDR), áudio imersivo e o DTV Play embarcado, permitindo a convergência dos serviços de broadcast e broadband. 

Já os recursos da futura plataforma da TV digital aberta permitem uma experiência única para cada telespectador. O Projeto TV 3.0 oferece conteúdo personalizado de acordo com as preferências do usuário, vídeo em UHD/HDR, áudio imersivo, experiência na TV baseada em apps de celular, recursos de acessibilidade aprimorados, entre outros. 

O responsável pelo desenvolvimento e implementação da TV digital aberta com mobilidade e interatividade no Brasil foi o Fórum do Sistema Brasileiro da TV Digital Terrestre (Fórum SBTVD). Em 2022, após 15 anos da transição do sinal analógico para o digital, a tecnologia continua a avançar e as possibilidades surpreendem a cada dia. 

Na edição deste ano do campeonato mundial de futebol, e pela primeira vez na história, algumas funções das TVs 2.5 e 3.0 foram usadas juntas em uma produção ao vivo, fornecendo vídeo 4K HDR com áudio imersivo e personalizado. As transmissões foram realizadas nas instalações da TV Globo para funcionários e convidados. 

Eram quatro demonstrações tecnológicas inéditas acontecendo durante as transmissões. “Na Trilha TV 3.0, os jogos contaram com vídeo 4K HDR codificados com os codecs VVC e LCEVC, e áudio imersivo 5.1+4H e personalizado com o codec MPEG-H. A Trilha HD HDR explorou o uso integrado das tecnologias LCEVC, H.264 e SL-HDR1 em um sistema ISDB-Tb operando em um canal UHF experimental, visando retro compatibilidade e melhoria da qualidade em futuros receptores”, afirma o membro do Módulo Técnico do Fórum SBTVD, Carlos Cosme. 

“Na terceira demonstração, a Trilha Social TV, tivemos a interatividade promovida pelo DTV Play, que provoca a recirculação de audiência abrindo espaço para novos formatos publicitários e de monetização. Já na Trilha Telão, o telespectador pôde conferir as partidas em excelente qualidade de vídeo, em 4K HDR, e áudio imersivo no formato 5.1.4″, complementa Cosme. 

A próxima edição do campeonato mundial, e a nova chance para a seleção brasileira conquistar a sexta estrela na camisa, será realizada daqui há quatro anos, em 2026, entre os meses de junho e julho em três países da América do Norte: Canadá, México e Estados Unidos. Na ocasião, a TV 3.0 já será uma realidade no Brasil, uma vez que deverá estar disponível nos aparelhos televisores e outros gadgets compatíveis com a tecnologia a partir de 2025. 

*Imagem: Shutterstock


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