Estima-se que atualmente o Brasil possua aproximadamente 20 milhões de dispositivos conectados. No entanto, criadas na década de 90, as redes 2G ainda estão funcionando por aqui. Existem no país alguns pontos em que a única cobertura que se tem é essa – e embora essa tecnologia tenha sido revolucionária na época do seu lançamento, há mais de 20 anos, hoje em dia tornou-se obsoleta e vem gradativamente sendo substituída por outras mais modernas, como o 4G e o 5G.
Entre as diversas vantagens da rede 4G estão maior velocidade na transmissão de dados, ampla cobertura, melhora na qualidade de conexão, segurança na informação e por fim novas possibilidades de aplicações. O desligamento das redes 2G no Brasil representa um avanço neste processo de evolução. Ele libera o espectro de radiofrequência para os novos padrões, prometendo internet móvel mais rápida e confiável. Além disso, o fim do 2G e 3G reduz custos de manutenção para as operadoras e estimula o investimento em inovação. Isso não apenas melhora a experiência do usuário, mas também abre novas oportunidades de negócios e serviços inovadores que exigem conectividade mais robusta.
Para fazer a migração para o 4G, primeiro é necessário entender que as operadoras estão sendo direcionadas a investir e trazer cada vez mais conectividade 4G e 5G para os usuários, porém elas ainda divergem sobre quando esse desligamento total pode ser feito. A questão é entender onde está a maioria dos clientes, como estão as antenas em determinada região, tanto as 2G sendo desligadas quanto as novas sendo instaladas.
A preocupação não é só por parte das operadoras, mas também de empresas que precisam de conectividade para viabilizar a operação do seu negócio. Exemplo disso, são aquelas de logística, que possuem grandes frotas e que precisam estar sempre conectadas e consequentemente preparadas para a mudança de rede. Mas quando começar a atualizar os equipamentos existentes? Na minha visão, esse momento é agora! Investindo em um dispositivo 4G para receber a nova frequência, porque quando o sinal for totalmente desligado, precisarão contar com equipamentos modernos, já adaptados e que garantam também boa durabilidade de sinal.
Para o planejamento em execução a longo prazo, sugiro que essas empresas estruturem um fluxo de caixa para que a troca seja feita em toda a frota. O valor do equipamento do 2G é muito menor se comparado ao que encontramos para 4G no mercado. E em muitas cidades o sinal 2G já foi desligado, então um veículo que esteja trafegando em uma rodovia, por exemplo, poderá perder o sinal repentinamente se este não possuir adaptação para a tecnologia 4G.
Na hora de garantir boa conectividade, o chip faz toda a diferença. Para atestar a qualidade do serviço, é importante que o dispositivo seja homologado e preparado a tecnologia inovadora presente no chip. É a hora de começar a se preparar para a mudança de sinal, cabe então as empresas planejamento e investimento em bons equipamentos que suportem a tecnologia.
*Por Ana Carolina Bussab
*Ana Carolina Bussab é diretora geral da Eseye Brasil