O evento atraiu 12 mil turistas fora da temporada, aqueceu a economia local em pleno inverno, movimentou R$15 milhões e se torna referência em eventos no quesito tecnologia e inovação, assim como o Festival de Cinema de Gramado, a Oktoberfest, o Festival
Imagine passar por um restaurante à beira-mar, pedir uma boa comida e um vinho, e, ali mesmo, ao lado de outras pessoas, assistir a uma palestra sobre inovação e tecnologia ministrada por um executivo de uma empresa de referência global. Ou mesmo ver a apresentação de uma das 500 pessoas mais influentes da América Latina, com mais de 45 startups em seu portfólio que movimentam cerca de R$ 3,7 bilhões por ano, gerando mais de 15 mil empregos. E então, sair dali, chegar em uma área mais central, tomar uma cerveja acompanhado de bons petiscos enquanto experimenta um óculos de realidade virtual, e participa de um bate-papo com algumas das mentes mais inovadoras do país.
Essa é a proposta do Floripa Conecta!
No mês de agosto, na baixa temporada do inverno de Florianópolis, a economia foi aquecida pelo conjunto de eventos sediados na cidade, que conectou o local com os turistas e moradores amantes da economia criativa. Parte desses turistas vieram do Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Minas Gerais.
Durante 10 dias, o hub de eventos promovidos pelo Floripa Conecta, movimentou a cena criativa com mais de 420 horas de atrações. 64 eventos fizeram parte desse movimento, atingindo um público estimado de 65 mil pessoas, conectadas presencialmente e online, em mais de 30 lugares diferentes.
Em valores, o número estimado foi de R$15 milhões, mostrando a potência da economia criativa e os impactos diretos que o evento movimentou e gerou na cidade. No período, foram 17,8% a mais na rede hoteleira se comparado a 2019, na primeira edição do Floripa Conecta.
As grandes marcas descobriram o Floripa Conecta como uma estratégia de marketing. Vale, Unity e Autodesk usaram o cenário catarinense para organizar palestras de inovação e tecnologia, e se conectar com o coração do público.
O segmento de economia criativa, que reúne negócios da área de eventos, cultura e artes em geral, foi o que apresentou a recuperação mais expressiva entre a metade de 2021 e os primeiros meses deste ano. É o que mostra a 14ª edição da pesquisa que mede o impacto da pandemia sobre os pequenos negócios, realizada pelo Sebrae e pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
“Durante 10 dias o participante se diverte, conhece pessoas, vive e degusta a cidade de diversas formas”, comenta Thaynan Mariano, diretor do Floripa Conecta, ao informar que Florianópolis é destaque nacional quando o assunto é tecnologia e inovação. Dados da Associação Catarinense de Tecnologia (Acate) mostram que a Grande Florianópolis reúne hoje pelo menos 3.941 empresas de tecnologia, que, com crescimento anual próximo de 15%, respondem por um faturamento de quase R$10 bilhões.
Além disso, Florianópolis tem a maior taxa de empresas por habitante do país (sete empresas para cada mil habitantes), superando o município de São Paulo. A cidade é hoje a 16ª no ranking de cidades com maior volume de empresas.
A terceira edição do evento acontecerá entre os dias 18 e 27 de agosto de 2023 e promete potencializar oportunidades de desenvolvimento e sobretudo ampliar as conexões entre a população que vive na cidade.
O poder de Floripa está também na sua gastronomia, nas artes urbanas e sobretudo no seu desenvolvimento econômico, que se dá, principalmente, através da importante união da tecnologia, do turismo e da economia criativa.
A intenção, de fato, é colocar Floripa no mapa do mundo como sendo a capital brasileira da Economia Criativa. Através de novos modelos econômicos, buscando redescobrir todo o potencial do povo, das empresas e da famosa Ilha da Magia.
*Imagem: Yago Torres / Pexels