Ventilador ou ar-condicionado: existe um vilão na conta de luz?
Inverno brasileiro quente e primavera assustadora. Setembro mais quente em 80 anos. Uso intenso de ar-condicionado gera preocupações com a conta de luz.
Inverno brasileiro quente e primavera assustadora. Setembro mais quente em 80 anos. Uso intenso de ar-condicionado gera preocupações com a conta de luz.
O inverno brasileiro registrou ondas de intenso calor neste ano. E o começo da primavera também assustou muita gente. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia, foi o mês de setembro mais quente em 80 anos. Com isso, é natural que aparelhos que ajudam a resfriar – como ventiladores e ar-condicionado – sejam muito utilizados. Mas e o gasto de energia e, consequentemente, o valor da conta de luz?
De acordo com André Mafra, engenheiro eletricista e sócio co-fundador da Engehall Elétrica, empresa referência em treinamento neste segmento e que já impactou a vida de mais de 300 mil alunos, a chegada de calor intenso faz com que aparelhos como ventilador e ar-condicionado se tornem itens de primeira necessidade, porém, para garantir eficiência energética e segurança, é preciso tomar alguns cuidados desde a instalação. “Contar com a ajuda de um profissional qualificado pode ajudar, inclusive, na escolha de um aparelho mais econômico, pois ele saberá orientar da forma correta”, afirma.
No caso do ventilador, o especialista explica que o gasto depende de diversos fatores, desde a potência do aparelho que, quanto maior for, mais consumirá energia; até a velocidade em que está funcionando e a duração do uso. “Alguns ventiladores têm mais eficiência energética do que outros. Vale a pena procurar a certificação de eficiência para economizar energia no longo prazo”, diz Mafra.
Com relação a aparelhos de ar-condicionado, o gasto de energia pode variar conforme as condições locais, sendo que, normalmente, eles podem consumir bastante eletricidade. “Também é importante checar a classificação de eficiência energética e optar por sistemas mais eficientes, que consumirão menos energia”.
O tamanho escolhido deve ser avaliado com cuidado, segundo Mafra, e vale a pena contar com ajuda profissional se preciso, pois um sistema grande demais pode consumir mais energia do que o necessário. “Além disso, a área resfriada deve estar vedada para evitar perda de ar frio e a manutenção e limpeza regular é necessária para garantir a eficiência”, sugere.
Quando se trata dos gastos relacionados ao uso de energia, é preciso considerar que ventiladores normalmente gastam menos que aparelhos de ar-condicionado, porém, o mais importante é usar qualquer um deles de forma consciente, ligando-os apenas quando realmente for necessário. “Além disso, garantir que a instalação e a manutenção foram feitas por um profissional e escolher velocidades adequadas pode ajudar a reduzir o consumo e, consequentemente, o valor na conta de luz”, conclui.
André Mafra é engenheiro eletricista e sócio co-fundador da Engehall Elétrica. Atualmente ocupa o cargo de Diretor Executivo da empresa e também de apresentador do Canal Engehall Elétrica, o maior canal que ensina elétrica na América Latina, com mais de 2 milhões de seguidores.