Seis erros mais comuns em cibersegurança que podem prejudicar as empresas

A evolução tecnológica e interconexão de dispositivos moldam um ecossistema digital. Em meio à revolução digital, a segurança cibernética é essencial.

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Imagem: Freepik

A constante evolução da tecnologia e a crescente interconexão de dispositivos estão remodelando nosso mundo em um ecossistema digital altamente interligado. Nesse contexto de revolução digital, as empresas se deparam com uma encruzilhada crucial em que a segurança cibernética se manifesta como uma necessidade imperativa. Dada a presença de informações sensíveis em jogo e a confiança dos clientes é vital reconhecer que a proteção de dados e sistemas vai além de simples precauções; ela se transforma em uma garantia essencial para a sobrevivência no cenário empresarial atual.

No último ano, o Brasil se destacou como o segundo país mais visado por ciberataques globais, conforme revelado por um estudo conduzido pela Fortinet. O país ficou apenas atrás do México, registrando um impressionante total de 103,16 bilhões de tentativas de ciberataques, representando um aumento de 16% em comparação ao período anterior. Em meio a essa crescente necessidade de segurança cibernética, a Akamai Technologies, empresa de nuvem que potencializa e protege a vida online, detalhou os principais erros cometidos no mundo corporativo em relação à cibersegurança.

1.Falta de conscientização interna

Muitas empresas subestimam a importância da conscientização interna em cibersegurança. É fundamental não apenas investir em tecnologia de segurança, mas também educar e sensibilizar os colaboradores sobre as ameaças cibernéticas em constante evolução. Suas ações desempenham um papel crítico como uma linha de defesa adicional.

“A cibersegurança não é apenas uma questão de sistemas e firewalls; é uma questão de pessoas. A conscientização interna é a primeira linha de defesa, e investir nela é tão vital quanto proteger nossos sistemas. As organizações devem proporcionar treinamentos e lembretes constantes das melhores práticas de cibersegurança para os colaboradores” aponta o especialista Helder Ferrão, Gerente de Marketing de Indústrias para a América Latina da Akamai Technologies. 

2.Senhas fracas e reutilização

O tópico das senhas fracas e sua reutilização é de extrema importância em cibersegurança. Senhas sólidas e exclusivas desempenham um papel fundamental como a primeira barreira de proteção contra invasões cibernéticas. Ignorar a importância desse aspecto pode ter consequências graves, incluindo violações de dados que comprometem não apenas a segurança da empresa, mas também a confiança de seus clientes. 

“Portanto, é crucial que as organizações invistam na implementação de processos de dupla autenticação (MFA), incentivem a criação de senhas robustas e promovam a prática de não utilizá-las em várias contas, contribuindo assim para uma postura mais segura em relação à cibersegurança. Também, é essencial que a troca de senhas periodicamente seja uma medida inegociável”, aconselha Helder.

3.Falta de atualizações de software

A falta de atualizações de software é um risco sério para a segurança cibernética. Ignorar essas atualizações é como deixar uma porta aberta para cibercriminosos explorarem vulnerabilidades conhecidas. Muitas vezes, as atualizações são especificamente projetadas para corrigir falhas de segurança, e a negligência nesse aspecto deixa sistemas e aplicativos suscetíveis a ataques que poderiam ter sido prevenidos. Logo, manter o software atualizado é uma prática fundamental para garantir a robustez da segurança digital e proteger os dados da empresa e dos clientes, de acordo com Ferrão.

4.Permissões excessivas

A concessão de permissões excessivas representa um grande risco à segurança de dados. Quando indivíduos têm acesso a mais informações ou funcionalidades do que precisam para realizar suas atividades, aumenta as chances de vazamentos de dados acidentais ou intencionais, o que pode causar grandes prejuízos às organizações. 

Como consequência é essencial realizar revisões regulares e restringir as permissões de acordo com a necessidade de cada usuário. Dessa forma, garante-se que apenas pessoas autorizadas tenham acesso a informações sensíveis, fortalecendo significativamente as defesas cibernéticas da empresa e reduzindo o potencial de incidentes de segurança.

Helder também reforça que “conceder permissões excessivas é como deixar as portas da empresa abertas a todos. Cada acesso não essencial é uma potencial brecha na segurança, aumentando o risco de vazamentos de dados ou abuso de informações, muitas vezes de forma que ninguém perceba.” 

Em vista disso, a gestão criteriosa das permissões, ajustando-as de acordo com as necessidades individuais, é a chave para manter a segurança cibernética robusta. Isso garante que apenas os autorizados possam acessar informações sensíveis, construindo uma barreira mais sólida contra ameaças cibernéticas e minimizando o potencial de incidentes de segurança.”

5.Deficiência em monitoramento e detecção

A deficiência em monitoramento e detecção de ameaças cibernéticas em tempo real é um erro crítico na estratégia de segurança de uma empresa. Ignorar esse investimento pode deixar a organização vulnerável a ataques não detectados por longos períodos, resultando em danos substanciais. 

A detecção precoce desempenha um papel vital na redução do impacto de possíveis ataques, permitindo uma resposta ágil e eficaz para conter ameaças antes que causem estragos significativos. Helder pontua que  “priorizar soluções de monitoramento e detecção é uma medida essencial para proteger ativos críticos e a reputação da empresa no ambiente digital cada vez mais perigoso”.

6.Falta de plano de resposta a incidentes

A ausência de um plano de resposta a incidentes documentados é um erro crítico. Quando uma violação de segurança ocorre, a falta de um plano estruturado pode levar a confusões e prejuízos substanciais. Um plano sólido ajuda a coordenar ações e mitigar danos.”A cibersegurança é uma responsabilidade compartilhada que requer constante vigilância e ação pró-ativa. Evitar esses erros comuns é um passo crucial para proteger não apenas os dados da empresa, mas também a confiança de seus clientes.”, ressalta Helder. 

À medida que a tecnologia continua a evoluir e as ameaças cibernéticas se tornam cada vez mais sofisticadas, as organizações devem se adaptar e fortalecer suas estratégias de segurança cibernética, direcionando todos seus esforços e os investimentos adequados, bem como adotar as melhores soluções dos parceiros mais adequados para as suas necessidades. 

A cibersegurança é uma jornada contínua, não um destino final. Ao reconhecer esses erros e tomar medidas para corrigi-los, as empresas podem aprimorar significativamente sua postura de segurança cibernética e, assim, proteger seus ativos mais valiosos: informações e reputação. A segurança cibernética é a chave para a sobrevivência no ambiente empresarial atual e a base para um futuro digital mais seguro.

As organizações são entidades vivas que se modificam constantemente, seja em seus produtos e serviços, modelos de negócio, colaboradores, tecnologias e, principalmente, como utilizam de transformação digital para ganhar eficiência, reduzir custos e ganhar novos mercados. Este ciclo de mudanças demanda a revisão constante de suas políticas e soluções de segurança.

“Para evitar ciberataques, as empresas devem aprender com os erros mais frequentes ocorridos com outras organizações do mercado, como subestimar ameaças cibernéticas, negligenciar atualizações de segurança e não fornecer treinamento adequado aos funcionários. A postura de segurança eficaz requer a adoção de medidas como a implementação de políticas de segurança sólidas, a segmentação de redes, a criptografia de dados sensíveis, a monitorização constante de atividades suspeitas e a prontidão para incidentes, garantindo que a segurança cibernética seja uma prioridade estratégica em todos os níveis da organização”, finaliza Ferrão.

*Fonte: Akamai Technologies


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