O blog Falando Tech usa cookies de navegação. Ao continuar a navegação, você concorda com o uso de cookies de acordo com nossa política de privacidade.
Tomografia computadorizada ajuda a desvendar segredos de dinossauro de 90 milhões de anos no Brasil
Colaboração entre Museu Nacional/UFRJ, Clínica Advance e Siemens Healthineers possibilita estudo inédito de fóssil brasileiro e amplia conhecimento histórico
Uma tecnologia usada todos os dias para salvar vidas em hospitais brasileiros agora também contribui para revelar a história dos dinossauros na Terra. Em uma iniciativa inédita, o Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Clínica Advance do Rio de Janeiro e a Siemens Healthineers uniram esforços para estudar em profundidade o fóssil do Berthasaura leopoldinae, um pequeno dinossauro sem dentes do período Cretáceo encontrado no sul do Brasil.
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Incrustado por milhões de anos em rocha sedimentar, o frágil fóssil apresentava grandes desafios para seu estudo. Com o apoio da tomografia computadorizada de alta resolução da Siemens Healthineers, foi possível obter imagens detalhadas sem danificar a peça original.
O projeto permitiu reconstruir digitalmente o esqueleto, produzir impressões 3D e descobrir detalhes anatômicos inéditos, como seu sistema de vértebras altamente pneumáticas, sua curiosa postura semelhante à das avestruzes atuais e a descoberta adicional de ossos de um pterossauro coexistente.
A tomografia utilizada combina alta definição de imagem com recursos de inteligência artificial aplicados à aquisição e reconstrução e análise de imagens, permitindo observar estruturas extremamente delicadas em detalhes milimétricos. Essa precisão foi fundamental para analisar o fóssil de forma não invasiva, preservando sua integridade e possibilitando as descobertas que antes seriam inviáveis.
“Este caso ilustra o potencial da tomografia computadorizada além da medicina, demonstrando como nossa tecnologia pode contribuir para a ciência básica, a educação e o patrimônio cultural”, enfatiza a Dra. Ana Carolina da Silva, PhD, Gerente de Colaboração Clínica para Tomografia Computadorizada na Siemens Healthineers na América Latina.
O trabalho foi publicado anteriormente na prestigiosa revista Scientific Reports, e o modelo impresso em 3D do esqueleto faz hoje parte das exposições educativas do Museu Nacional (UFRJ).