
Rogerio Morandi, professor do curso de Ciências da Computação da Faculdade Anhanguera, explica estratégias de segurança
Em um mundo onde estamos conectados o tempo inteiro, a proteção de dados pessoais tornou-se uma das questões mais urgentes. Se você usa a internet para interagir, comprar, trabalhar e até mesmo socializar, suas informações estão vulneráveis. Mas como garantir que seus dados não se tornem alvo de cibercriminosos ou de empresas que os utilizam de forma inadequada?
De acordo com o Rogerio Morandi, professor do curso de Ciências da Computação da Faculdade Anhanguera, muitas das estratégias de segurança online que utilizamos não são suficientes para lidar com as ameaças atuais. “O primeiro passo é entender que a proteção de dados vai além de uma senha forte. A maneira como você interage com a internet e os dispositivos pode determinar sua vulnerabilidade”, alerta.
Segundo Rogério Morandi, professor do curso de Ciências da Computação da Faculdade Anhanguera, muitas das estratégias de segurança online que adotamos atualmente não são suficientes para enfrentar as ameaças cada vez mais complexas e sofisticadas da internet. “O primeiro passo é entender que a proteção de dados vai muito além de apenas ter uma senha forte. A forma como interagimos com a internet e os dispositivos é fundamental e pode, de fato, determinar nossa vulnerabilidade”, alerta Morandi.
Embora as precauções de segurança, como senhas robustas, firewalls e antivírus, sejam essenciais, ainda assim muitos usuários continuam expostos a riscos consideráveis devido a atitudes descuidadas no ambiente digital. Infelizmente, muitas pessoas ainda clicam indiscriminadamente em links suspeitos ou aceitam solicitações que recebem por e-mail, telefonemas alegando ser de bancos ou outras agências financeiras, e mensagens SMS que se passam por empresas ou instituições credenciadas.
O professor aponta que a engenharia social se tornou uma ferramenta extremamente eficaz usada por criminosos cibernéticos para manipular os indivíduos a entregar informações pessoais, como senhas, números de cartão de crédito e outros dados sensíveis. Ao se aproveitar da confiança ou da urgência gerada por essas comunicações fraudulentas, os atacantes conseguem acessar contas e causar danos financeiros significativos.
“Por isso, a educação tecnológica surge como a melhor ferramenta para lidar com essas ameaças. Ao educar os usuários sobre os riscos digitais, técnicas de phishing, como identificar tentativas de fraudes e os cuidados ao fornecer dados pessoais, podemos fortalecer a segurança individual e coletiva no ambiente online. Infelizmente, a falta de conscientização é um dos maiores desafios, e a melhoria na alfabetização digital deve ser uma prioridade para todos, desde escolas até organizações profissionais”, explica.
Compreender o funcionamento dos ataques, como a engenharia social, e tomar ações preventivas, como verificar a autenticidade de comunicações recebidas, pode ser a chave para reduzir os riscos e proteger informações valiosas na era digital.
Uma dica pouco comum é a utilização de autenticação biométrica, mas de forma seletiva. Em vez de confiar apenas nas senhas tradicionais, a biometria pode ser uma camada adicional de proteção, especialmente em dispositivos móveis. “Mas é importante ter cuidado ao configurar o uso da biometria, pois muitos aplicativos pedem permissão para acessar esses dados sem uma justificativa clara”, afirma Rogerio. A recomendação é usar a biometria para desbloquear o dispositivo e adicionar autenticação de dois fatores para o acesso a contas sensíveis, como bancos e e-mails.
Além disso, a prática de “higiene digital” vai além de apagar o histórico de navegação. O especialista sugere utilizar serviços de navegação privada, como o Tor, que oculta não só sua localização, mas também sua identidade digital, dificultando o rastreamento e a coleta de dados. “Embora o Tor seja mais conhecido entre os ativistas, ele oferece uma camada de anonimato eficaz para quem quer navegar sem ser rastreado. Essa ferramenta, aliada ao uso de VPNs, cria uma barreira adicional contra os tentáculos invisíveis de empresas e hackers”, explica o professor.
A utilização de senhas não é algo novo, mas o professor alerta para o fato de que muitas pessoas ainda subestimam o poder de um bom gerenciador de senhas. “Usar um gerenciador é essencial para evitar a tentação de reutilizar senhas. Além disso, essas ferramentas ajudam a criar senhas realmente complexas, que são impossíveis de adivinhar”, afirma. Ele ainda recomenda evitar o armazenamento de senhas em dispositivos móveis ou em locais inseguros e fazer backup regularmente dos dados de acesso.
A utilização de senhas não é uma prática recente, mas, segundo o professor Rogério Morandi, muitas pessoas ainda subestimam a importância de usar um gerenciador de senhas. “O uso de um gerenciador é essencial para evitar a tentação de reutilizar senhas, o que é um erro comum e altamente perigoso. Além disso, essas ferramentas ajudam a criar senhas verdadeiramente complexas e únicas, que são quase impossíveis de serem adivinhadas por atacantes”, afirma Morandi.
De acordo com o professor, muitas vezes os usuários optam por armazenar senhas de forma inadequada, o que torna os dados extremamente vulneráveis. “Evitar armazenar senhas em dispositivos móveis ou em locais inseguros é crucial. É importante também fazer backup regularmente dos dados de acesso para evitar perdas inesperadas e garantir que as informações sensíveis estejam protegidas”, recomenda.
Além disso, o professor ressalta que a engenharia social está cada vez mais presente nas redes sociais, onde os criminosos cibernéticos aproveitam-se da interação online para coletar dados pessoais de maneira sorrateira. Muitas vezes, os atacantes se passam por pessoas de confiança, criando perfis falsos ou utilizando informações previamente acessadas para enganar as vítimas e obter informações sensíveis. “Os ataques nas redes sociais são mais comuns do que as pessoas imaginam. É fundamental estar atento às informações que compartilhamos e às pessoas com quem interagimos online”, alerta Morandi.
Por isso, ele reforça que os cuidados com o uso das redes sociais também são essenciais. “Cuidar com quem você compartilha suas informações, verificar a autenticidade de mensagens recebidas e ter prudência ao aceitar convites ou clicar em links é fundamental para se proteger de tentativas de phishing e outras formas de fraude digital.”
Outro ponto importante, especialmente para quem utiliza dispositivos inteligentes em casa (IoT), é proteger esses gadgets com medidas mais robustas. “Os dispositivos conectados são pontos vulneráveis, pois muitos fabricantes não oferecem atualizações de segurança rápidas o suficiente. A primeira dica é alterar as senhas padrão de fábrica e verificar as configurações de segurança do dispositivo”, recomenda. Além disso, a prática de desconectar os dispositivos quando não estiverem em uso, especialmente câmeras e assistentes virtuais, pode impedir que informações sejam coletadas sem o seu consentimento.
Por fim, é fundamental estar atento às permissões de aplicativos, algo que muitas vezes negligenciamos. O especialista sugere revisar regularmente as permissões de cada aplicativo instalado e garantir que ele tenha acesso apenas ao que for estritamente necessário. “Apps de terceiros muitas vezes pedem permissões para acessar dados irrelevantes, como a câmera ou o microfone, quando não há necessidade. Reduzir essas permissões pode limitar a coleta de dados sensíveis sem o seu conhecimento”, finaliza o professor.