Um olhar humano sobre a tecnologia

Um olhar humano sobre a tecnologia
Imagem: Gerada por IA/Divulgação/Lucky Assessoria
*Por William Adriano de Andrade de Almeida

A evolução tecnológica tem sido fascinante. A cada dia, máquinas mais sofisticadas assumem tarefas antes inimagináveis, da automação industrial à inteligência artificial avançada. No entanto, ao mesmo tempo que vivenciamos esses avanços, surge uma questão fundamental: onde fica o olhar humano nesse cenário de inovação?

A programação de robôs, minha área de atuação, representa o auge da precisão e da eficiência. Entretanto, por trás de cada linha de código e cada circuito integrado, há um propósito humano. Máquinas são frias e impessoais por essência e são desenvolvidas para servir à sociedade, facilitando processos e melhorando a vida das pessoas. O problema surge quando esquecemos que, por trás da tecnologia, deve haver sensibilidade.

Por exemplo, robôs na indústria automotiva aceleram a produção e reduzem erros, mas é necessário um profissional qualificado para supervisioná-los e garantir que seu funcionamento esteja alinhado às necessidades reais da produção. Da mesma forma, inteligências artificiais utilizadas em diagnósticos médicos podem analisar exames com rapidez, mas a palavra final precisa ser de um médico que compreenda nuances que um algoritmo não pode captar.

Se há algo que diferencia os humanos das máquinas, é a capacidade de sentir e interpretar emoções. Portanto, mesmo no universo da programação, é essencial adotar uma abordagem mais humanizada. Isso significa criar sistemas que, além de eficientes, sejam éticos, responsáveis e empáticos.

Um dos desafios mais interessantes da robótica atual é justamente ensinar as máquinas a reconhecer emoções e interagir de maneira mais natural com as pessoas. Já existem robôs assistentes que conseguem interpretar expressões faciais e adaptar seu comportamento com base nisso. Mas, para que essa evolução seja positiva, precisamos garantir que a tecnologia sirva à humanidade, e não o contrário.

A tecnologia avança a passos largos, mas deve sempre caminhar de mãos dadas com o olhar humano. Como especialista em programação de robôs, vejo diariamente como as máquinas podem transformar o mundo para melhor. No entanto, o verdadeiro progresso não está apenas em criar sistemas mais rápidos e eficientes, mas em garantir que eles sejam usados de maneira ética e humana. Afinal, o maior diferencial da tecnologia não é a inteligência artificial, mas a inteligência emocional de quem a desenvolve e aplica.

*Com 15 anos de experiência na área de automação industrial, William Adriano de Andrade de Almeida é um especialista em robótica amplamente reconhecido. Técnico em Automação Industrial pelo Instituto de Educação Tecnológica Avançada da Amazônia, ele possui expertise em programação de robôs de marcas líderes como ABB, KUKA, FANUC e COMAU. Sua atuação abrange indústrias automotiva, eletrônica e alimentícia, contribuindo para a implementação e otimização de robôs que impulsionam a produtividade e maximizam os lucros.  Hoje, viaja pelo mundo, com projetos realizados em países como Estados Unidos, Argentina, entre outros, desempenhando um papel estratégico na StartUp de robôs – desde a montagem até a operação.


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